Os restaurantes continuam a mostrar sinais de recuperação, gerando empregos pelo quinto mês consecutivo, ao chegar à marca de 4.727 vagas formais abertas em junho, resultado do saldo entre contratações e demissões. Já o Rio Grande do Sul enfrentou dificuldades, com um saldo negativo de 1.020 vagas em junho, sendo o pior resultado do país, impactado pelas chuvas e inundações ocorridas em maio. No acumulado do ano, o estado gaúcho também registrou o maior saldo negativo, com a perda de 3.665 empregos, seguido por Santa Catarina, que perdeu 1.215.
Os dados fazem parte de estudo elaborado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e a consultoria Future Tank, sobre os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, constata que embora o desempenho seja positivo, é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 8.904 posições de trabalho.
ACUMULADO DO SEMESTRE
No acumulado do primeiro semestre de 2024, foram geradas 17.320 oportunidades formais. No entanto, esse número permanece abaixo dos 28.392 postos criados no mesmo período de 2023. São Paulo liderou a abertura de cargos tanto em junho quanto no acumulado do ano, com a criação de 2.438 e 6.659 postos de trabalho, respectivamente. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar nesse ranking.
Apesar dos desafios, o setor de restaurantes mostra sinais de resiliência e melhora em boa parte do Brasil. Em junho, 21 das 27 unidades da federação registraram saldo positivo na geração de empregos. No acumulado do ano, 23 estados apresentaram crescimento nesse sentido.
Para Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), os números de junho refletem a capacidade de adaptação do setor. “A criação de oportunidades é um sinal positivo, ainda que abaixo do desempenho do ano passado. Apesar das adversidades, principalmente no Rio Grande do Sul, o setor de forma geral segue se recuperando. Estamos otimistas de que poderemos alcançar e melhorar os níveis de emprego mais rapidamente”.