Movimentos sindicais e associações ligadas ao serviço público federal cogitam iniciar paralisações e greves a partir de novembro em função da falta de propostas que atendam às demandas de reestruturação de carreiras e reajustes salariais. Neste grupo estão tanto servidores de órgãos econômicos, como Banco Central (BC) e Receita Federal , quanto na segurança pública, com movimentações entre funcionários da Polícia Federal (PF).
Servidores do Banco Central anunciaram o início da terceira fase da operação-padrão na autoridade monetária a partir da próxima quarta-feira, 1º de novembro, dia em que é divulgada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A informação é do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciada na semana passada, e a possibilidade de greve geral não está descartada.
De acordo com o sindicato, mais de 70% dos servidores do BC aderiram à nova fase da operação-padrão, em vigor desde julho. A mobilização, se mantida, deverá trazer impacto no funcionamento da autarquia, segundo o sindicato, impactando projetos em curso do Banco Central, especialmente a implementação da moeda digital Drex e o projeto do PIX parcelado.
A operação-padrão já vinha afetando a divulgação de indicadores econômicos do BC. A divulgação dos dados do setor externo e das estatísticas monetárias e de crédito foi adiada da última segunda-feira, 23, para o começo de novembro.