Após uma investigação para descobrir as causas do odor e do gosto ruins apresentados na água de Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) constatou a presença de um composto conhecido como 2-Metil-Isoborneol (MIB). Segundo o Dmae, o composto é encontrado na água de lagos e rios.
Contudo, a diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Joicineli Becker, garante que a substância não oferece nenhum risco à saúde. “Existe o desconforto no consumo, por conferir odor e gosto, no entanto a segurança do consumo em nenhum momento foi afetada. Nesta semana, as reclamações reduziram. Foi um evento bem pontual, verificamos inclusive por imagens de satélite que em virtude das chuvas volumosas, muito material foi transportado ao longo do Guaíba”, esclarece.
Na semana passada, verificou-se um grande aumento de reclamações pelo canal 156, chegando a registrar 55 reclamações de consumidores em alguns sistemas de tratamento, tanto na Zona Norte quanto no Menino Deus. Desde a percepção na alteração da qualidade da água bruta, o Dmae também aumentou a dose do dióxido de cloro, em um processo que elimina o risco de contaminação e atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.