Criança é a 15ª vítima da dengue desde janeiro no RS

Paciente residia em Passo Fundo e não tinha comorbidades

Bairros com maior incidência para a doença são Vicentina e São José - Foto: Alina Souza / Memória / CP

Uma criança de dez anos, residente em Passo Fundo, sem comorbidade, é a mais recente vítima da dengue no Rio Grande do Sul. Com essa, sobe para 15 o número de mortes em decorrência da doença, desde janeiro, em cidades gaúchas. O óbito ocorreu em 22 de abril, sendo divulgado só nesta quinta.

De acordo com a especialista em Saúde do Programa de Arboviroses, Cátia Favreto, em 91% dos municípios gaúchos existem indícios da presença do mosquito Aedes Aegypti, que é o vetor da doença. Por isso, é importante manter os cuidados e ficar alerta aos primeiros sintomas – mesmo quem não tiver comorbidades.

Além disso, a especialista alerta para a importância de se manter hidratado, o que prejudica a recuperação da doença. Em comum, crianças e idosos correm o risco de se desidratar mais facilmente

É importante ficar atento aos principais sintomas de dengue:

febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
dor atrás dos olhos
dor de cabeça
dor no corpo
dor nas articulações
mal-estar geral
náusea
vômito
diarreia
manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

Em 2023, o Rio Grande do Sul já registra 9.343 casos confirmados da doença, dos quais 8.573 autóctones, quando o contágio acontece sem que o paciente viaje a outra região do país.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde já havia confirmado, nessa quarta, as mortes de duas mulheres: uma residente em Nova Alvorada, de 85 anos, com comorbidades, e outra residente em Encantado, de 33, sem comorbidades. Também faleceu um homem residente em Ibirubá, de 77 anos, com comorbidades.

A dengue é uma doença infecciosa viral, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que deve ter a proliferação controlada no ambiente. A limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e a aplicação de inseticida nos municípios aparecem entre as medidas necessárias, além do uso de mosquiteiros e repelentes.

A Secretaria de Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico logo nos primeiros sintomas, evitando o agravamento da doença e a evolução para óbito.

Histórico

Em 2022, o RS registrou os maiores índices da doença em toda a série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil casos importados, com 66 mortes.