Os números não são do mercado financeiro, mas projeções para os principais indicadores econômicos do país feitas pelo Ministério da Fazenda. Dados da Secretaria de Política Econômica (SPE) indicam que o governo Federal trabalha, hoje, menos otimistas para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
De acordo com a grade de parâmetros divulgada pela secretaria, a expansão da atividade passou de 2,1% para 1,61%. A projeção anterior havia sido feita em novembro, ainda no governo passado. As estimativas são utilizadas na confecção do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta quarta-feira, 22.
A redução de 0,49 ponto percentual deve-se ao arrefecimento na margem dos indicadores econômicos divulgados desde o documento anterior e também aos efeitos defasados mais intensos da política monetária sobre a atividade e mercado de crédito do que o anteriormente projetado. “As perspectivas de liquidez reduzida nos EUA e em outras economias também colaboraram para a revisão da projeção anterior”, apontou a SPE.
A alta de 1,61% prevista para este ano repercute, segundo a SPE, a aceleração no setor agropecuário e o arrefecimento na Indústria e em Serviços. Para o período de 2024 a 2027, a expectativa é de crescimento médio ao ano de 2,5%. O ministério reduziu as projeções de crescimento da economia de 2024, de 2,50% para 2,34%. Já para 2025, o prognóstico aumentou de 2,50% para 2,76%. Para 2026, a estimativa passou de 2,2% para 2,42%. E para 2027, a projeção anunciada nesta sexta é de 2,49%.