O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Vilmar Zanchin (MDB), afirmou não ter ambiente, neste momento, no parlamento gaúcho para a discussão de uma eventual proposta prevendo aumento de tributos. A declaração foi dada durante entrevista nesta quarta-feira no programa Agora, da Rádio Guaíba.
O emedebista acredita que se a União recompor as receitas que foram reduzidas no orçamento por conta da diminuição das alíquotas dos combustíveis, através do Congresso, um projeto prevendo aumento de tributos não seria alvo de iniciativa por parte do Executivo Estadual.
“Contudo, se isso não ocorrer, eu não sei dizer porque cabe exclusivamente ao Poder Executivo enviar uma matéria. Mas, sendo muito franco, não vejo que tenha ambiente para discutir aumento de tributos na Casa, neste momento. Se isso ocorrer, eu acredito que o governo terá muito trabalho para construir apoio em torno deste assunto”.
Projetos do Executivo
Sobre demais iniciativa, mesmo admitindo que alguns assuntos estão sendo debatidos, Zanchin disse não saber o que poderá ser enviado pelo governo estadual ao parlamento. “Como por exemplo a questão que envolve a dívida do IPE, que é um projeto que pode ensejar em um debate mais acalorado, principalmente se tiver aumento na majoração das alíquotas de contribuição. Em relação em outras matérias, quanto a questões relativas a privatizações e tributos, eu não acredito que o governo deva encaminhar uma proposta neste sentido”.
Estiagem
Questionado sobre medidas que o parlamento gaúcho poderia tomar para contornar a escassez de chuvas, Zanchin citou medidas que devem andar de forma simultânea em duas frentes. “Primeiro, quando acontecer uma estiagem você tem que dar uma resposta rápida para aqueles que tem prejuízos, que são os agricultores e municípios. E uma outra frente, seria a criação de políticas públicas que permaneçam para os governos que se sucederem, por que aí você trabalha na prevenção a estiagem”, disse o presidente, que salientou que dia 28 será votado no plenário a criação de uma comissão externa que irá acompanhar as medidas que o Executivo está realizando, bem como poder ir a Brasília para buscar uma resposta para aqueles que estão sentindo os prejuízos com a escassez das chuvas.
Política
Com relação ao espectro político, Zanchin disse se considerar de centro. Segundo o parlamentar, a busca pelo diálogo é a melhor alterativa. “Nós temos que buscar o caminho do entendimento, respeitando as demais posições. Não me alinho aos extremismos. Eu acho que é através do diálogo, entendimento e a busca da solução dos problemas que nós avançamos”, concluiu.
Natural de Marau, no Norte gaúcho, Vilmar Zanchin foi reeleito para o 3° mandato no legislativo estadual. O emedebista é advogado formado pela Universidade de Passo Fundo.
Durante a trajetória política, ele foi prefeito da cidade natal, entre 2005 e 2012, além de secretário e vice-prefeito. O parlamentar também foi presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).