Polícia ainda aguarda laudo para relatório que investiga morte de Jovem após show de Luísa Sonza

Alice de Moraes passou mal durante evento realizado no Pepsi On Stage, em Porto Alegre

Foto: Alina Souza/CP

A Polícia Civil ainda não encerrou o inquérito que investiga a morte da estudante de medicina veterinária que faleceu após o show da cantora Luísa Sonza, no Pepsi On Stage, em Porto Alegre. Alice de Moraes, de 27 anos, morreu na madrugada de 17 de julho.  De acordo com testemunhas, ela passou mal por volta das 2h e, com a ajuda de bombeiros, procurou atendimento no posto de socorro da festa e, às 3h30min, não resistiu. Amigos que foram com ela ao show dizem que Alice não recebeu o atendimento adequado a cargo da Transul Emergências Médicas, empresa contratada pela produtora do show.

A 4ª Delegacia da Polícia Civil, responsável pelo caso, ainda espera o laudo de necrópsia, que vai apontar a causa da morte, a fim de concluir o inquérito. Já foram ouvidos os bombeiros que levaram Alice à ambulância, a técnica de Enfermagem, o médico remoto e alguns amigos da vítima. A polícia aguarda o comparecimento dos profissionais da Samu, que chegaram ao Pepsi para prestar atendimento à jovem.

“A investigação, até o presente momento, vem demonstrando condutas equivocadas por aqueles que, por lei, deveriam garantir um atendimento ao público satisfatório”, avalia o advogado da família. Eduardo Schmidt Jobim, que substituiu Juliano Tonial na defesa, ressaltou que o inquérito policial vem sendo bem conduzido pelas autoridades.

Jobim também entende que mais testemunhas podem ser ouvidas para agregar ao relatório, mesmo que já exista material suficiente para um indiciamento, o que é esperado pela família da jovem. “Esperamos que haja responsabilização”, completou.

A Opinião Produtora disse à época que realizou todas as obrigações legais demandadas pelo evento, como a contratação de uma equipe ambulatorial com a presença de uma enfermeira e de um médico remoto. “Nós seguimos todos os protocolos que o show exige. Se houve falhas no atendimento, eu não sei te dizer”, explicou na oportunidade, o sócio-diretor da produtora, Claudio Favero.

Em nota, publicada no dia 19, a Transul informou ter contratado uma Ambulância de Suporte Básico – USB, “conforme portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde, para atendimento ao evento das 17:00 às 05:00 horas”. A empresa relata que o atendimento a Alice começou por volta das 3h30min e que realizou a regulação da jovem até ela entrar em parada cardiorespiratória.