Dois acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados na quinta-feira, em Guaíba, pelo homicídio qualificado e pela ocultação de cadáver de um motorista de aplicativo no ano de 2020. O mandante recebeu uma pena de 22 anos e sete meses de prisão, e o executor, uma pena de 21 anos e três meses de reclusão, ambos com cumprimento inicial no regime fechado.
Além disso, a dupla também foi condenada por corrupção de menores, já que havia um adolescente envolvido na execução, e um terceiro criminoso foi condenado a cinco anos e um mês de prisão pelo sequestro da vítima, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O promotor Rafael Riccardi, que atuou em plenário pelo MPRS, vai recorrer para aumentar as penas. Segundo ele, Rafael do Nascimento da Silva, 31 anos, tinha dívidas com um traficante de drogas e foi atraído para uma emboscada.
Desde o dia 6 de fevereiro de 2020, Rafael foi considerado como desaparecido e, no dia 19, o corpo dele foi encontrado em uma cova rasa na praia do Ipê, em Guaíba. O promotor destaca que o homicídio foi qualificado por motivo torpe, devido às dívidas envolvendo tráfico; recurso que dificultou a defesa do motorista, já que foi algemado e teve pés amarrados; dissimulação, por ter sido atraído para um falso pretexto, que foi fazer a chamada “corrida por fora” para a facção; além de meio cruel, porque, depois de sequestrarem o motorista, os criminosos tentaram decapitá-lo ainda vivo e atearam fogo no corpo.