O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a pré-candidatura do ex-governador Olívio Dutra ao Senado na chapa da Federação Brasil da Esperança, que dever ter Edegar Pretto (PT) concorrendo ao Executivo gaúcho. O ato ocorreu ao meio-dia desta segunda-feira e contou com outros nomes da aliança que une PT, PCdoB e PV. No próximo domingo, uma convenção deve anunciar outros dois nomes como primeiro e segundo suplentes, na busca por um mandato coletivo.
Ao discursar, o ex-governador explicou que espera que esse instrumento (mandato coletivo0 represente “um conjunto de forças” e “uma unidade de um ideário”. “Vamos discutir o Estado Democrático de Direito a ser permanentemente aperfeiçoado, para que possamos ter um crescimento econômico, justo, e que ao mesmo tempo distribua renda e inclua o povo, respeitando a sua diversidade e pluralidades. Respeitando as vocações locais e regionais na construção desse desenvolvimento”, disse Olívio.
Os critérios do mandato serão definidos durante a semana e a oficialização ocorre no próximo domingo, às 9h, no Ritter Hotel.
O mandato coletivo é aceito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de uma resolução assinada em dezembro de 2021. A partir de outubro deste ano, o nome do candidato pode ser acompanhado do coletivo pelo qual é apoiado. “No caso de candidaturas promovidas coletivamente, a candidata ou o candidato poderá, na composição de seu nome para a urna, apor ao nome pelo qual se identifica individualmente a designação do grupo ou coletivo social que apoia sua candidatura, respeitado o limite máximo de caracteres”, define o texto.
Mesmo que a candidatura seja individual e que somente um candidato assuma efetivamente o mandato, as decisões podem ser – oficialmente – divididas entre outras pessoas.
A iniciativa de um mandato coletivo para o Senado expõe a estratégia dos petistas: ainda tentar atrair outras siglas para a coligação, como, por exemplo, o PSB, após o fracasso das negociações travadas até agora.
Sobre Olívio Dutra
Aos 81 anos, Dutra é um dos mais importantes nomes do partido no Estado, tendo sido prefeito de Porto Alegre entre 1989 e 1992, governador do Rio Grande do Sul entre 1999 e 2002 e Ministro das Cidades entre 2003 e 2005. Ele disputou uma cadeira no Senado em 2014, quando ficou em segundo lugar com 2.024.417 votos.
Na oportunidade, Lasier Martins, então no PDT, venceu a disputa pelo Senado. O jornalista volta a enfrentar o petista nas urnas, desta vez representando o Podemos. Além deles, foram confirmados na corrida eleitoral, até o momento, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), e o vereador da capital Roberto Robaina (PSol).