EUA prometem consequências pela morte de jornalista americano na Ucrânia

Brent Renaud, de 51 anos, morreu baleado no pescoço; segundo ucranianos, disparo partiu de homens do exército russo

Foto: Mike Coppola/Getty Image Noth America

O governo dos Estados Unidos prometeu neste domingo aplicar as “consequências apropriadas” pela morte do jornalista e cinegrafista americano Brent Renaud, de 51 anos, que, segundo a polícia de Kiev, morreu assassinado pelas forças russas na cidade de Irpin, na Ucrânia.

Em entrevista à emissora de TV CBS, o conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, classificou o incidente como “chocante e horripilante” e afirmou estar em contato com as autoridades ucranianas para obter mais informações a respeito, para que o governo dos EUA possa se posicionar. “Os russos dispararam em civis, hospitais, locais de culto e jornalistas”, disse Sullivan.

Renaud teve a morte inicialmente confirmada pela polícia de Kiev, que culpou as forças russas pelo incidente. Também ficou ferido no ataque fotógrafo americano de origem colombiana Juan Arredondo. Vencedor do World Press Photo, ele explicou em um vídeo divulgado pelo Parlamento ucraniano, no Twitter, o que de fato ocorreu.

“Nós estávamos atravessando a primeira ponte em Irpin. Nós íamos gravar outros refugiados saindo, íamos pegar um carro que alguém nos ofereceu para nos levar para a outra ponte. Atravessamos o posto de controle e eles começaram a atirar em nós, então o motorista se virou e continuaram atirando em nós”, explicou no vídeo, enquanto recebia atendimento em uma maca no hospital de Okhmatdyt.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) considerou o ataque uma violação do direito internacional. Após a morte do cinegrafista, a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) pediu uma investigação para esclarecer as razões.

*Com informações da Agência EFE