O Inter queria e precisava ir à Libertadores da América em 2022 por motivos diversos, mas de alguma forma disputar a Copa Sul-Americana não está sendo encarado como uma tragédia. Pelo contrário. Os dirigentes encaram o torneio, do qual o Inter já foi campeão em 2008, como um caminho encurtado para voltar a conquistar títulos, encerrando um jejum que dura desde 2016. Trata-se de uma competição na qual o time colorado entra como um dos favoritos.
De alguma forma, as avaliações internas levam a uma crença de que a carência de conquistas abala animicamente o grupo de jogadores, que foi sendo formado justamente após 2017. Em pelo menos duas oportunidades nos últimos anos, o Inter chegou muito perto, mas deixou escapar os títulos da Copa do Brasil em 2019 e do Brasileirão, em 2020, no último jogo. Ou seja, além de fazer uma reformulação do grupo, marcado por alguns insucessos importantes, é preciso voltar a levantar uma taça, devolvendo a confiança para os jogadores e também para a torcida.
Como os maiores times argentinos e brasileiros, que em tese são os postulantes mais evidentes ao título, estarão na Libertadores, a Copa Sul-Americana – que neste ano foi vencida pelo Athletico Paranaense – surge como uma alternativa bem mais viável do ponto de vista técnico e de investimentos do clube. A fase de grupos do torneio começa em 6 de abril. A final está marcada para 1º de outubro, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Antes, o clube precisa definir o substituto de Diego Aguirre, demitido na noite de terça-feira. As tratativas seguem com mais de um técnico e envolvem vários dirigentes, profissionais e setores do clube, inclusive o Centro de Análise e Prospecção de Atletas (CAPA). “Queremos anunciar (o novo treinador) o quanto antes, mas não nos impusemos um prazo. Temos que ter cuidado, não podemos cometer erros como no começo deste ano”, enfatizou, em entrevista à Rádio Guaíba, o vice de futebol, Emílio Papaléo. Ele também disse que o “treinador precisa se moldar ao grupo que está no Beira-Rio”.