O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, nesta terça-feira, que os viajantes não vacinados precisarão cumprir quarentena de cinco dias para entrar no Brasil e, após o período, realizar o teste RT-PCR.
“E, nesse contexto que estamos espreitados pela variante ômicron, que ainda não sabemos ainda o total potencial dessa variante em criar uma nova pressão sobre o sistema de saúde, vamos requerer que os indivíduos não vacinados cumpram uma quarentena de cinco dias e, após a quarentena, realizem o teste. Se der negativo, poderiam normalmente aproveitar todas as belezas desse nosso grande Brasil”, afirmou Queiroga.
“Decidimos que o RT-PCR seria utilizado, como vem sendo utilizado desde o início da pandemia, que o indivíduo que vem ao Brasil tem que ter o teste RT-PCR negativo realizado 72 horas antes”, acrescentou.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do advogado-geral da União, Bruno Bianco.
Queiroga avaliou o passaporte da vacina, documento que comprova a imunização contra a Covid-19, como uma medida que “cria mais discórdia do que consenso”. O registro da vacinação já havia sido criticado diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que em evento mais cedo comparou o passaporte a uma “coleira que querem botar no povo brasileiro”.
“É necessário defender as liberdades individuais e respeitar os direitos dos brasileiros a acessarem livremente as políticas públicas de saúde. Já conseguimos imunizar com as duas doses de vacina cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos, com mais de 175 milhões de habitantes”, disse Queiroga.