Cerca de dez representantes do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre (Stetpoa) foram à prefeitura de Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (3), na expectativa de conseguirem uma reunião com o prefeito Sebastião Melo (MDB). A pauta, mais uma vez, é a possibilidade de parcelamento do vale-refeição da categoria.
Pelo menos seis empresas teriam informado aos trabalhadores a necessidade de atrasar, em partes, os repasses: Sudeste, VAP, VTC, Restinga, Trevo e Gasômetro. Todas alegam que não há dinheiro em caixa para integralizar o benefício. A categoria, por outro lado, argumenta que a decisão descumpre a Convenção Coletiva de Trabalho.
As companhias alegam que o Executivo deixou de repassar parte dos recursos prometidos ao setor, agravando o problema que se arrasta desde o início da pandemia. Mais cedo, nas primeiras horas da manhã, os sindicalistas promoveram uma assembleia para definir se este é, ou não, o momento certo para uma paralisação.
“Nós resolvemos vir à prefeitura para conversar antes dos nossos próximos passos, que são os protestos no asfalto, nos corredores. Como temos respeito ao prefeito, viemos aqui conversar. Se daqui não sair uma solução, vamos nos movimentar”, afirma o presidente do Stetpoa, Sandro Abbade.
Além do atraso no pagamento do vale-refeição, a categoria se queixa por estar há dois anos sem aumento salarial. Os rodoviários querem reajuste salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais um ganho real de 3%, além de aumento do valor do vale alimentação, que atualmente é de R$ 27,50, para R$ 32,00.
Contraponto
A equipe da Rádio Guaíba contatou a assessoria de imprensa da prefeitura de Porto Alegre em busca de um posicionamento sobre os fatos relatados pelos rodoviários e pelas empresas. A administração informou que o prefeito está em agenda externa desde cedo, e que os rodoviários foram recebidos pelo secretário de Mobilidade, Luiz Fernando Záchia.