A Cesta Básica de Porto Alegre registrou um aumento de 1,16% em setembro, passando a custar R$ 672,39 – R$ 7,72 a mais do que no mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quarta-feira.
Apesar do aumento, Porto Alegre deixou de ser a cidade com a cesta básica mais cara entre as 17 capitais que fazem parte do levantamento. A partir dos números atualizados do Dieese, a cesta básica mais cara passou a ser a de São Paulo (R$ 673,45). Porto Alegre fica na segunda posição, seguida de Florianópolis (R$ 662,85) e do Rio de Janeiro (R$ 643,06).
Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, sete ficaram mais caros: o tomate (14,50%), a batata (8,62%), o café (7,62%), o açúcar (4,51%), o óleo de soja (1,77%) a farinha de trigo (1,64%) e a manteiga (0,70%). Em sentido contrário, seis itens registraram redução de preço: o arroz (-5,79%), a banana (-3,67%), o feijão (-1,05%), o leite (-0,72%), pão (-0,38%) e um dos que mais vem recebendo reclamações dos gaúchos, nos últimos meses: a carne (-0,79%).
Apesar da suspensão da exportação da carne para a China e da menor demanda interna, consequência dos altos preços no varejo, as cotações seguiram elevadas na maior parte das cidades, devido às condições ruins das pastagens, ao clima seco e aos altos custos de produção.
De janeiro a setembro de 2021, nove produtos ficaram mais caros: o açúcar (50,54%), tomate (38,35%), o café (32,17%), a farinha de trigo (19,78%), a carne (16,81%), o pão (9,63%), o feijão (8,74%), o leite (8,84%) e a manteiga (7,48%). Por outro lado, quatro itens ficaram mais baratos: a banana (-25,42%), a batata (-22,77%), o arroz (-15,24%) e óleo de soja (-1,01%).
Custo de alimentos aumentou em 11 capitais
O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com os dados do Dieese. As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).
Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).