O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, descartou mudança na política de preços dos combustíveis, em entrevista coletiva convocada para tratar dos preços dos combustíveis e o GLP (gás liquefeito de petróleo), nesta segunda-feira. Essa é a primeira coletiva de imprensa da qual o general participa.
“Continuamos trabalhando da mesma forma, acompanhando a paridade internacional e o câmbio, analisando permanentemente para ver se as oscilações são conjunturais. Fazemos nossos acompanhamentos de preços”, disse o general, ressaltando que a empresa está sendo diretamente afetada por cenários externos, como a valorização do petróleo no mercado internacional.
Silva e Luna também disse que não há necessidade de novos aumentos, ao menos por enquanto. “Como dissemos, acompanhamos o dia a dia esse movimento, e a permanência ou não de uma situação. Vemos o preço do brent se posicionar acima de US$ 70, o que sinaliza que não há necessidade de aumento. Mas é muito complexo para dizer se vai baixar o preço, é uma questão geopolítica”, afirmou o presidente.
Na fala, Silva e Luna repetiu o argumento utilizado pela empresa em publicidade recente, na qual destacou os investimentos feitos em toda a cadeia, antes de o combustível ser entregue às refinarias, para distribuição.
Um grupo de estados recorreu à Justiça pedindo a retirada da campanha do ar, porque, segundo eles, a petrolífera, com essa campanha, tentou responsabilizá-los pela alta dos preços dos combustíveis.
“Sabemos que a simplificação tributária é uma reivindicação antiga, mas esse é um trabalho que não cabe à Petrobras. A Petrobras presta o serviço de arrecadação”, disse Silva e Luna, acrescentando que a empresa vem agindo para ampliar a oferta de gás para térmicas.
Silva e Luna citou o aumento da capacidade de terminais de regaseificação para permitir a importação de gás. Segundo o general, a empresa triplicou a oferta de gás nessa fase de crise hídrica.