A Polícia Civil divulgou, na manhã desta segunda-feira (13), a conclusão do inquérito que apurou as responsabilidades no caso envolvendo a morte de uma jovem de 26 anos, após o desabamento de um deque durante uma festa, na Ilha das Flores, na Capital, ocorrido em julho desse ano.
Após a realização de 47 depoimentos, perícias e análise documental, concluiu-se pelo indiciamento da proprietária do imóvel, do gerente do imóvel e de seu locatário pelos crimes de homicídio doloso e lesões corporais, ambos na modalidade de dolo eventual. Também foram indiciados o organizador da festa e um bombeiro civil por homicídio e lesões culposas.
Entre as cerca de 80 pessoas que participavam do evento, 38 foram identificadas e indiciadas com base no art. 268 do Código Penal, por descumprimento das medidas sanitárias preventivas do vírus da Covid-19.
O inquérito foi remetido à Justiça na última sexta-feira (10), mas sem pedidos de prisão dos indiciados por homicídio. Além de uma vítima fatal, 15 pessoas ficaram feridas no incidente, sendo que duas destas ainda aguardam laudo complementar de possível lesão grave. Das 15 vítimas, apenas três representaram criminalmente.
De acordo com o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), uma falha estrutural, aliada à deterioração do madeiramento, causou o colapso do deque onde foi realizada a festa.