A concessão pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) do status sanitário de livre de aftosa sem vacinação ao Rio Grande do Sul, atestado nesta quinta-feira, dia 27 de maio, é um marco de evolução da agropecuária gaúcha. A avaliação é do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang. Entretanto, conforme o dirigente, é fundamental manter a vigilância presente.
Segundo Tang, este novo status de livre de aftosa sem vacinação mostra que o Rio Grande do Sul e sua agropecuária estão avançando para o futuro e evoluindo. “É uma agropecuária madura que representa muito para o Estado, para o país e para o mundo. Claro que esperamos que os governos mantenham uma vigilância rígida sobre nossas fronteiras, haja vista que temos fronteiras enormes com outros países”, destaca.
O presidente da Gadolando reforça que o gado leiteiro tem um ciclo diferente do gado de corte, já que os animais não vão para o abate e tem uma vida mais longa e, assim, sujeitos à enfermidade. “Por isso, se tivermos um problema sanitário, poderemos perder uma genética de anos e vai todo o lucro cessante dentro de uma propriedade, pois temos coletas diárias de leite. Abatendo a nossa matriz não temos remuneração”, salienta, acrescentando que será necessário um plano de indenização em caso de abate.
O dirigente complementa lembrando também que a abertura de fronteiras no país com Estados que já estavam com este status, como Santa Catarina, pode representar uma nova relação de mercado, especialmente aos produtores que fazem a comercialização de matrizes.