O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que considera “impressionante” o fato de atualmente só se falar do uso de vacinas contra Covid-19 ao destacar o custo bilionário para essas aquisições.
O comentário do presidente ocorreu durante live semanal após o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, ter informado que um vermífugo popular surtiu efeito no tratamento de Covid-19, segundo publicações.
“É impressionante como só se fala em vacina, né? Mas também é uma compra bilionária no mundo todo, então só a vacina”, disse Bolsonaro.
“Ninguém é contra a vacina, o Brasil, tirando os países que produzem a vacina, é o primeiro no mundo em valores absolutos que mais aplica”, emendou o presidente.
Em tom de ironia, após citar o nome do medicamento – Anitta -, Bolsonaro disse esperar não ser derrubado pela rede social, citando a suposta comprovação científica atribuída ao medicamento.
O Brasil passa por um grave momento da pandemia, sendo alvo de críticas em relação à demora em imunizar a população. O presidente, entretanto, defende a atuação governamental nessa questão.
Bolsonaro, que durante boa parte do ano passado minimizou a utilidade das vacinas na atual crise sanitária e chegou a atacar algumas delas, mudou de discurso depois que a lentidão na compra de vacinas e no processo de imunização da população começou a ter efeito na popularidade do mandato.
Sem exército
Na transmissão, Bolsonaro desacreditou novamente a adoção de medidas de restrição social, criticando ações de partidos de esquerda no Supremo Tribunal Federal para garantir iniciativas nesse sentido. “O nosso Exército não vai para a rua para manter o povo de casa, está decidido”, disse.
Para o presidente, já se perdeu muito com o lockdown no Brasil. Segundo ele, “está na cara” que é o pobre quem mais sofre com essa “política do fique em casa”.
Apesar das declarações de Bolsonaro, especialistas no enfrentamento à Covid-19 defendem a adoção da restrição de mobilidade social como uma das medidas mais eficazes para diminuir a velocidade de contágio do vírus.
As informações foram veiculadas pela Agência Reuters.