Porto Alegre vai produzir 90 mil toneladas de asfalto por ano

Usina no bairro Sarandi entrará em funcionamento em 15 dias

Prefeito Sebastião Melo destacou que a estrutura do bairro Sarandi, na zona Norte da Capital, entrará em funcionamento em 15 dias | Foto: Guilherme Almeida / CP

Porto Alegre passará a produzir 90 mil toneladas de asfalto por ano. O material produzido nas usinas da Restinga e do Sarandi será utilizado para a conservação de 2.800 mil quilômetros de vias da Capital. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo prefeito Sebastião Melo durante a assinatura do documento que permitiu a operação da usina de asfalto da Restinga pela empresa Planaterra, de Santa Catarina. A estrutura localizada na zona Sul da cidade já começou a funcionar.

Segundo Melo, a estrutura do bairro Sarandi, na zona Norte da Capital, entrará em funcionamento em 15 dias. “Porto Alegre terá não só serviços emergenciais, mas uma conservação padrão, melhoria da conservação permanente e um trabalho preventivo, que não era feito”, ressaltou o prefeito.

Melo afirmou que é um enorme desafio manter a conservação das vias da Capital. “As usinas da Restinga e do Sarandi são fundamentais para a manutenção das ruas e avenidas. Queremos resolver o problema de forma definitiva. O cidadão que anda pela cidade merece vias em bom estado”, acrescentou o prefeito.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia, informou que o contrato com a empresa Planaterra é completo, e não emergencial. A ideia da prefeitura é que seja realizado um serviço preventivo para que não precise mais ter as chamadas operações tapa-buraco.

“Vamos dar mais qualidade as ruas e avenidas de Porto Alegre”, ressaltou Garcia. No final do mês de fevereiro, a prefeitura assinou dois novos contratos para a conservação e manutenção asfáltica de ruas e avenidas.

Para a realização dos serviços, foram feitos estudos para mudar a estratégia de execução e realizados dois processos de licitação. A empresa Planaterra venceu a concorrência pública.

Entre 2013 e 2014, o município adquiriu duas usinas, uma no bairro Sarandi e outra no bairro Restinga, para produção de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), aplicado na conservação viária. Mas, atualmente, apenas a usina do Sarandi está em operação onde são produzidos em média 18 mil toneladas de asfalto por ano.

Antes do novo modelo, a prefeitura de Porto Alegre gerenciava sete contratos de conservação asfáltica, que passam a ser unificados. A empresa contratada ficará responsável pela operação e manutenção das usinas de asfalto, gestão dos caminhões térmicos, aquisição de insumos do sistema de operação, óleo BPF e diesel, aquisição de insumos do CBUQ, pó de pedra e areia.

A exceção é o cimento asfáltico de petróleo (CAP), que fica de responsabilidade da prefeitura. O principal objetivo, segundo Garcia, é reduzir, ao longo dos próximos anos, a necessidade de conservação emergencial (tapa-buraco).

A empresa Planaterra ficará responsável pela execução dos serviços de conservação emergencial, conservação padrão, permanente e preventiva. Também estão previstos a execução de base e sub-base da estrutura do pavimento, nivelamento de meio-fio e tampas de poços de visitas e limpeza de redes de drenagem nas áreas onde forem realizadas a conservação asfáltica e houver necessidade destes serviços complementares.

Uma novidade é conservação preventiva que nunca foi realizada no município. A previsão é que sejam executados 222 mil metros quadrados de lama asfáltica e micro revestimento asfáltico para este tipo de serviço que busca atender áreas que estão em fase inicial de degradação, rejuvenescendo o pavimento e reduzindo a propagação acelerada dos problemas causados pelas chuvas e pelo tráfego.