Em reunião na manhã desta segunda-feira com o governador Eduardo Leite e entidades empresariais, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, manifestou preocupação com a perspectiva de paralisação total do comércio. Assim como a nota emitida no sábado pela entidade, Bohn declarou que apoia o esforço para evitar aglomerações com reforço de medidas que previnam o contágio, mas advertiu que o fechamento do comércio na bandeira preta seria uma medida extrema, “sem efetividade comprovada”. Segundo ele, a decisão causaria graves prejuízos ao emprego e à renda de milhões de pessoas.
A Fecomércio-RS entende que são razoáveis a repressão às aglomerações, paralisação de atividades entre as 22h e as 05h e a redução na ocupação dos espaços comerciais, sem o fechamento total. A entidade sugeriu que seja mantido o modelo de cogestão, permitindo aos prefeitos atuarem de acordo com as especificidades locais, ou que o protocolo da bandeira preta seja reajustado.
“Como já observamos em outras ocasiões, parece bastante razoável supor que a ocorrência de aglomerações de pessoas e reuniões sociais, que nada têm a ver com o funcionamento de empresas, sejam responsáveis pelo aumento de contaminações”, argumentou Bohn.