O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira a inflação oficial do país em 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o órgão, a variação de preços no país fechou o ano em 4,52%, maior taxa desde 2016.
Em levantamento do Banco Central, divulgado segunda-feira, analistas do mercado apostavam em inflação de 4,37%.
Também nesta segunda-feira o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que também mede a inflação no país, mas que leva em consideração apenas quem ganha até cinco salários mínimos. Em dezembro, ele ficou em 1,46%, acumulando alta de 5,45% em 2020.
O percentual de 5,45% obriga o governo federal a rever o reajuste já anunciado pelo governo federal ao salário mínimo, que usava como base a projeção de 5,26%.
Habitação puxou o IPCA
O IPCA de dezembro subiu 1,35%, 0,46 ponto percentual acima dos 0,89% de novembro. Essa é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2019, a variação havia sido de 1,15%. O grupo Habitação teve o maior impacto (0,45 p. p.) e variação (2,88%) no mês.
Todos os grupos pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para o segmento de Habitação, que apresentou a maior variação (2,88%) no índice do mês.
Também tiveram importante impacto as variações do grupo Alimentação e Bebidas (1,74%), no qual houve desaceleração frente ao mês anterior (2,54%).
Contribuíram para isso a queda nos preços do tomate (-13,46%) e as altas menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%), cujas variações em novembro haviam sido de 6,54%, 6,28% e 9,24%, respectivamente.
INPC
O IBGE divulgou simultaneamente na manhã desta segunda-feira o INPC, utilizado para reajustar o salário mínimo de 2021 pago no país.
Em dezembro, ele ficou em 1,46%, acumulando alta de 5,45% em 2020. Todas as áreas pesquisadas apresentaram aumento no mês.