A partir desta terça-feira (6), os hoteis podem voltar a operar 60% da capacidade nas cidades gaúchas classificadas como de risco médio no enfrentamento ao coronavírus. Mesmo com a manutenção da bandeira vermelha na região de Santa Maria, esse protocolo vai ser aplicado em todo o Rio Grande do Sul graças ao sistema de cogestão.
O incremento é de 10% em relação ao registrado anteriormente. Mas, caso alguma região passe à bandeira amarela, o número de quartos disponíveis vai passar a ser de 75% do total. Apesar de receber a novidade com entusiasmo, o setor ainda se preocupa com a baixa demanda pelas vagas que já estavam disponíveis.
Segundo o Sindicato Intermunicipal da Hotelaria no Rio Grande do Sul (Sindihotel-RS), o turismo de negócios, que praticamente parou por causa da pandemia de Covid-19, representa 70% da receita nos estabelecimentos gaúchos. O presidente da entidade, Manuel Suárez, afirma que a medida tende a ajudar só o turismo de lazer.
“Nessa modalidade, o teto de apenas 50% na capacidade prejudica muito. Quando não temos procura, não temos como faturar. E, quando temos demanda, enfrentamos esse limitador que impede a recuperação do que foi perdido antes”, explica o empresário, que atua na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Não há previsão de recuperação para o setor
Mesmo com as projeções de liberação de uma vacina contra o coronavírus nos próximos meses, a hotelaria segue pessimista quanto ao futuro. Ainda segundo o presidente do Sindihotel-RS, os prejuízos acumulados no último semestre foram tão grandes que a recuperação deve levar mais de dois anos para acontecer.
“Muitos dos hoteis que não estavam em condições de competir não vão voltar a operar. Isso vale para os estabelecimentos mais antigos, que não fizeram uma modernização na parte das instalações e serviços”, relata.