Às vésperas do segundo final de semana seguido de abertura à noite, os bares e restaurantes de Porto Alegre se preparam para operar na capacidade máxima permitida em meio à pandemia. E, apesar das mudanças sugeridas pelos empresários, as regras a serem seguidas continuam as mesmas.
Com isso, muitos comerciantes temem que as aglomerações registradas na semana passada voltem a se repetir – especialmente na Cidade Baixa e no Moinhos de Vento, onde sete estabelecimentos foram autuados nos últimos dias. A avaliação é de que o comportamento da população pode prejudicar a imagem dos bairros.
Para o vice-presidente da Associação dos Comerciantes da Cidade Baixa (AACB), Moacir Biasibetti, o problema não é o funcionamento dos bares, e sim as pessoas que compram bebidas no sistema de pegue e leve na intenção de continuarem nas ruas. “O consumo de álcool na calçada também tem incomodado os moradores”, relata.
Atualmente, os comerciantes podem vender o que quiserem, 24 horas por dia, desde que suspendam o consumo local às 23h. Junto da proposta de restringir o pegue e leve aos lanches, a categoria pediu que a Prefeitura autorize os estabelecimentos a deixarem o público entrar até a meia-noite. A abertura aos domingos também é pleiteada.
“As pessoas costumam chegar entre 20h e 21h. Como não pode entrar mais ninguém depois das 22h, não há rotatividade nas mesas. Trabalhando com 50% dos lugares, nós conseguimos ocupar, em média, só 30% da capacidade do salão – já que há vários casos onde duas pessoas se sentam em uma mesa com quadro cadeiras”, explica Biasibetti.
Segundo a AACB, apesar do movimento intenso nas ruas da Cidade Baixa, boa parte dos bares continua tendo prejuízo no bairro. Ainda de acordo com a associação, os empresários não receberam uma resposta da Prefeitura sobre as sugestões enviadas no início da semana.