Coudet elogia aplicação defensiva do Inter: “Temos que nos adaptar a cada rival e a cada partida”

Para o treinador, vitória contra o Atlético-MG mostra que "não existe apenas uma forma de jogar" para o Colorado

Treinador também comentou duelo com Sampaoli e busca por atacante - Crédito: Mauro Schaefer/ Correio do Povo

Após a vitória contra o Atlético Mineiro que colocou o Inter na liderança provisória do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado, o técnico Eduardo Coudet celebrou a resposta do time à força ofensiva dos adversários. Durante quase todo o segundo tempo a partida, o Colorado atuou com uma formação ofensiva diferente do que o treinador argentino vinha apresentando nos gramados. “Eles têm uma grande equipe. Neutralizá-los e conseguir os três pontos mostra que fizemos um bom trabalho e que temos que nos adaptar a cada rival e a cada partida. Não existe apenas uma forma de jogar, apenas um sistema, temos que encontrar o melhor para conseguir os três pontos”, defendeu o comandante.

Coudet destacou que tinha montado um posicionamento mais defensivo por conta das qualidades do clube dirigido pelo compatriota e amigo Jorge Sampaoli. “Creio que foi uma partida para a qual nos preparamos. Taticamente, se tenho que falar dos jogadores, fizeram de maneira excelente, sabíamos que teríamos que encurtar os espaços, que se jogássemos golpe por golpe, no um contra um, eles têm melhores individualidades”, avaliou. Para o técnico, o time foi pontual e certeiro nas ações ofensivas. “Fechamos os espaços e atacamos quando tinha que atacar. E encerramos a partida com vitória”.

El Chacho considerou que o adversário é “seguramente candidato ao título”, um time “que faz 20 30 finalizações por jogo e que hoje teve apenas”. A entrada e Musto e Moledo na segunda parcial, explicou, não estavam previstas, mas ele optou por colocar “quando vimos que estávamos bem na parte defensiva, reforçamos e tentamos fechar a partida”.

Ao comentar o encontro com Sampaoli na beira dos gramados, teceu elogios ao compatriota. “Como qualquer amigo de vocês, não é agradável enfrentar, ele me ajudou muito. Sabíamos da dificuldade que enfrentaríamos no jogo. Se tratando de ser uma equipe curta e que fecha espaços, seguramente vai ser candidata ao título e está buscando posições na tabela. É indiscutível que tem uma grande equipe e joga muito. Eu gosto de ganhar e ver o Inter no topo da tabela é algo que nos gratifica e ajuda a seguir trabalhando”.

“O que pode nos ter faltado é um pouco de ataque e de uma atacante que retenha a bola. Sabíamos que isso ia acontecer. No caso de Marco Guilherme isso não aconteceria, mas ele tentaria romper a marcação com sua velocidade. Estou satisfeito taticamente. Foi o que preparamos e o que tínhamos que fazer diante de um rival que tem muitos mais jogadores ‘de hierarquia’ que nós. São jogadores que podem marcar a qualquer momento”, disse.

Busca por um atacante

Ao comentar justamente a busca por um atacante, mencionou o fato de Guerrero não poder mais atuar em 2020 por conta de uma lesão e negou que tenha conversado com Alexandre para que ele retornasse ao Beira-Rio. “Não conversei com o Pato de nenhuma maneira, então não posso falar de nenhuma conversa que não aconteceu. Sobre Pato, não sou eu que tenho que falar. Depois certamente a direção falará”, resumiu.

Conforme Coudet, o time “já tem um nome no qual concordamos e temos muita confiança de que vamos fechar (negócio)”. “Estamos buscando um centroavante de caraterística de posição, um nove clássico. A dificuldade é porque precisa estar livre ou no Brasil. É difícil que qualquer equipe libere um atacante e temos que nos adaptar às condições que nos impõem. Depois, temos que treinar e tratar de adaptá-lo ao mais rápido possível. É difícil que um jogador chegue e esteja em condições ótimas de jogar”, argumentou.