Características do local e surto de coronavírus motivaram fechamento do Mercado Público

Prefeitura de Porto Alegre justificou hoje por que mantém o complexo proibido de abrir há mais de 15 dias

Foto: Guilherme Almeida/CP

A Prefeitura de Porto Alegre esclareceu, nesta sexta-feira, que a decisão de fechar o Mercado Público, em vigor dede 7 de julho, decorreu de uma série de fatores, entre os quais o registro de dois surtos de Covid-19 e a confirmação de 33 casos da doença em funcionários do complexo.

Em nota, o Município argumenta que a proliferação do vírus pode ter sido causada pelas especificidades do local, que abriga dezenas de lojas em sistema de box, sem ventilação interna ou bastante precária. Nas bancas, não há espaço para circulação e manutenção de distanciamento mínimo de 2 metros, diferente dos supermercados, que possuem áreas grandes, separações por gôndola e mobiliários que permitem a circulação de ar.

Além disso, salienta o comunicado, a maioria dos produtos é servida à granel e o cliente precisa entrar na banca para escolher, o que gera demora no atendimento. O local também não permite o autosserviço, como em mercados e supermercados, impondo o contato direto entre atendente e cliente.

“O controle de fluxo mostrou-se muito difícil neste período de pandemia, apresentando constantemente aglomerações internas e até mesmo externas, com filas atravessando da frente de uma banca para a outra”, completa a Prefeitura.

A Associação do Comércio do Mercado Público recorreu da decisão, mas a 4ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre e o Tribunal de Justiça indeferiram o pedido de liminar apontando, entre as razões, a existência do surto da doença no espaço.