O governador Eduardo Leite afirmou que o início de julho vai servir para avaliar a performance do sistema de saúde no Rio Grande do Sul em meio à pandemia do novo coronavírus. Em videoconferência promovida pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Leite apresentou dados do Ministério da Saúde apontando que a primeira semana do mês, historicamente, é a que registra pico de internações nos hospitais por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Além de detalhar as medidas de distanciamento social e os critérios adotados para abertura do comércio por regiões no Rio Grande do Sul, Leite explicou o impacto na economia gaúcha por conta da Covid-19 e a necessidade de buscar alternativas para o período de pós-pandemia. E reforçou que as medidas de distanciamento já implementadas resultaram em menor circulação de outros vírus. Ele ressaltou, ainda, que foram ampliados em 60% os leitos de UTI disponíveis na rede de saúde disponível.
O governador afirmou que o aumento das internações em leitos de UTI em algumas regiões, como a Metropolitana e a da Serra, ligou sinal de alerta no Palácio Piratini. Por conta disso, ele não descartou mudanças nos critérios adotados para liberação do comércio, que leva em consideração a divisão do estado por regiões. Conforme Leite, o governo avalia a possibilidade de estabelecer que municípios de uma região com restrição possam abrir o comércio, desde que apresentem argumentos e não tenham registrado, entre outras coisas, aumento de óbitos e internações.
Questionado pelo presidente da ACPA, Paulo Afonso Pereira, sobre as medidas para a retomada da economia gaúcha, Leite garantiu que à medida que a questão sanitária “se encaminhar e tiver maior controle” o governo vai reforçar políticas de crédito a partir do Banrisul, Badesul e BRDE a micro e pequenos empreendedores. E revelou a discussão de uma reforma tributária deve avançar em julho.