O Rio Grande do Sul vem enfrentando, nos últimos meses, uma prolongada estiagem que fez mais de duzentos municípios decretarem situação de emergência. Fatores como esse demonstram a necessidade de o produtor buscar alternativas para enfrentar esse fenômeno climático que vem se repetindo todos os anos.
Em alguns municípios gaúchos, a última chuva significativa para as lavouras foi há mais de 70 dias, ocasionando uma quebra significativa na produção da soja no RS. A Emater estima uma perda de mais de 32% na safra da principal cultura do verão no estado. O volume inicial previsto era uma safra de até 19,7 milhões de toneladas, que agora deve cair para cerca de 13,3 milhões de toneladas, conforme os últimos números divulgados pela Emater.
Frente às dificuldades enfrentadas com a estiagem, alguns produtores gaúchos estão buscando no próprio solo, uma solução para combater antecipadamente a deficiência hídrica. Uma alternativa que vem gerando resultados em várias regiões do estado é a aplicação de fertilizantes minerais granulados à base de cálcio e enxofre para aumentar o enraizamento das plantas.
Na região Noroeste do Rio Grande do Sul, uma das regiões mais afetadas pela estiagem, no município de Chiapetta, o produtor Marco Aurélio Hentz atingiu bons resultados com a soja apostando nos cuidados com o solo.
“Investi no sulfato de cálcio granulado na soja, aplicando 200 kg/ha a lanço, e o resultado não poderia ser melhor. Isso ajudou muito no resultado ainda mais nesta época de estiagem. O resultado foi excelente, bem acima do esperado”, destaca Marco, que colheu cerca de 87 sacas por hectare numa área com pivô de irrigação.
O engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva destaca que mesmo sendo uma área irrigada, a produção foi acima da média. “Diante do cenário foi um resultado excelente. Esse ano na maior parte das áreas irrigadas tem dado de 70 a 75 sacas/hec. É bom lembrar que a irrigação complementa os efeitos da chuva, no entanto não tem o mesmo valor para o solo e para a planta”, lembra.
Segundo o especialista, o segredo do fertilizante mineral granulado está no enraizamento que proporciona às plantas. “O sulfato de cálcio granulado atua no aumento da porosidade do solo, promovendo sua descompactação e, consequentemente, um maior enraizamento das plantas. Raiz mais profunda, planta mais bem nutrida”, resume.
Silva e Silva explica que logo após a germinação, as raízes precisam atingir grandes profundidades e a planta apresentar um alto vigor inicial, portanto, investir nessa fase pode trazer diversos benefícios ao produtor. A partir da ajuda do cálcio e do enxofre, o solo fica descompactado e permeável, permitindo que as raízes atinjam água e nutrientes encontrados no solo e responsáveis pelo desenvolvimento da planta.
O especialista, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense líder no fornecimento de sulfato de cálcio no sul do Brasil, destaca que o sulfato de cálcio granulado atua nas camadas mais profundas do solo. “Então, quanto maior a densidade do sistema radicular, maior a área de contato com o solo, em suas camadas, o que reduz significativamente os efeitos negativos à planta, como por exemplo, a redução da atividade fotossintética, diminuição do crescimento, entre outros sintomas, causados pelo estresse hídrico”.
O SulfaCal, como ficou conhecido entre os produtores, vem registrando resultados surpreendentes em vários municípios gaúchos. “Em visitas realizadas aos produtores que utilizaram SulfaCal, os resultados foram excelentes. O sistema radicular das plantas apresenta um bom desenvolvimento em volume e arquitetura, otimizando a utilização dos recursos disponíveis no solo e construindo um verdadeiro seguro contra a seca”, finaliza Silva e Silva.