O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul, encaminhou, nessa quinta-feira, ao Trensurb e a outros órgãos, uma carta reforçando as recomendações de prevenção à Covid-19. No documento, os procuradores pedem a adoção de medidas para reduzir o fluxo de pessoas e de servidores e terceirizados ao mínimo indispensável.
Por duas vezes nesta semana, na segunda e terça-feira, as composições circularam lotadas nos horários de pico em decorrência do maior intervalo de tempo entre os trens. Os intervalos foram de aproximadamente 25 minutos – quando o normal é de até 4 -, o que resultou em plataformas cheias de passageiros, principalmente em Canoas e Sapucaia do Sul.
A carta, de oito páginas, é assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão/RS, Enrico Rodrigues de Freitas, e pela procuradora Suzete Bragagnolo. Também há recomendações para que o deslocamento de servidores públicos e terceirizados ocorra em horários de menor movimentação de pessoas, a fim de evitar a exposição a aglomerações em hipótese de uso do transporte coletivo.
O Correio do Povo procurou a Trensurb, na noite dessa quinta-feira, mas a empresa ainda não se manifestou. Mais cedo, a estatal divulgou que mantém, desde quarta-feira, uma tabela com horários reduzidos de circulação, mas com intervalos menores entre as viagens e reforço em linhas de ônibus, administradas pela Metroplan, em horários de pico. O objetivo é justamente evitar que os trens embarquem um volume de passageiros acima do recomendado.