A safra de grãos no Rio Grande do Sul deve atingir 35,4 milhões de toneladas em 2020, representando um aumento de 2,1% na comparação com a safra passada, conforme recente estimativa divulgada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
O otimismo de uma safra recorde é embalado pelo desempenho positivo nas lavouras gaúchas, sobretudo no cultivo da soja onde a produção é estimada em 19,1 milhões de toneladas.
Muitos são os fatores atribuídos para esse bom desempenho da agricultura gaúcha, no entanto, um aspecto que chama atenção está relacionado a tomada de decisão dentro da porteira: a construção de um perfil de solo.
Os pesquisadores da Embrapa e Emater-RS são unânimes ao afirmar que a maioria das regiões produtivas do Brasil predomina o solo com baixa fertilidade natural e com alta acidez, o que requer a cada ano mais investimentos em fertilizantes, para construir a fertilidade dos solos.
A fertilidade do solo, conforme os especialistas, baseia-se primeiramente em aspectos químicos e parcialmente físicos, em termo de provisão de nutrientes e água como também negligência os aspectos biológicos.
“Um solo fértil é um solo com capacidade de integrar as propriedades químicas, físicas e biológicas de modo que permita desempenhar suas funções. Nesse sentido o sulfato de cálcio atua como um acelerador para a construção da qualidade, pois atua diretamente de modo positivo na química e física do solo e, indiretamente, na biologia do solo, por incrementar resíduos orgânicos estimulando um vigoroso enraizamento das plantas”, explica o engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva.
Foi justamente essas características e benefícios que fez os produtores gaúchos passassem a investir num fertilizante mineral granulado, rico em cálcio e enxofre solúveis. Extraído e elaborado a partir de reservas de fosfogesso situados no município de Imbituba, litoral catarinense, o SulfaCal (sulfato de cálcio granulado) conquistou a confiança dos produtores por melhorar o enraizamento das plantas, reduzir o alumínio tóxico e auxiliar na descompactação do solo, além de aumentar a resistência à seca.
“Nossa operação no Rio Grande do Sul começou em 2013 e hoje representa cerca de 65% do nosso mercado. Neste ano registramos um aumento de 20% no embarque de sulfato de cálcio para produtores gaúchos. A expectativa para 2020 é ampliar em mais 25%.
A tecnologia desenvolvida pela empresa catarinense SulGesso permite oferecer ao mercado mais de um nutriente em um mesmo grânulo, como explica o diretor técnico da empresa e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva.
“É um produto revolucionário. Onde o seu sucesso está na tecnologia emprega na composição dos grânulos uniforme e altamente solúveis, com elevadas concentrações de cálcio e enxofre, enriquecido com tecnologia BnT de alta capacidade de troca catiônica”, destaca.
O especialista alerta que uma boa produção só acontece com uma boa nutrição, e como as plantas retiram muito cálcio e enxofre do solo, o engenheiro agrônomo recomenda a aplicação de pelo menos 300 kg de SulfaCal pra repor o que a soja retirou e ainda deixar um saldo para a planta de cobertura de solo se nutrir.
“Por tonelada de soja são extraídos em torno de 20kg de cálcio e 8.8kg de enxofre. Então repor os nutrientes extraídos realizando a manutenção dos níveis adequados de cálcio e enxofre são a garantia de constância nos médios a altos patamares de produtividade”, finaliza o agrônomo.