A Federasul realizou, nesta quinta-feira, coletiva de imprensa destinada ao balanço de atividades de 2019 e perspectivas para o ano que vem. No mesmo caminho de outras entidades de classe, a entidade avaliou que o período ainda foi de recuperação lenta, mesmo que recheado de expectativas maiores. Na prática, a projeção para 2020 não é totalmente diversa, uma vez que o Brasil ainda vive o ciclo de recuperação após recessão.
O ano de 2019 é considerado um ciclo em que houve expectativa alta e crescimento lento, sucedendo dois anos de crescimento igualmente tímido, conforme os economistas da entidade. No Estado, a variação anual da massa salarial foi positiva, pulando de -2,3% em 2018 para 4,7% em 2019. No Brasil, a oscilação foi negativa, caindo de 2,7% para 1,7%. Em valores reais, o gaúcho recebeu, em média, R$ 14.701 no ano, enquanto o brasileiro acumulou R$ 11.952.
Mais uma vez, a guerra comercial entre Estados Unidos e China foi colocada como um elemento influenciador na economia brasileira, positiva ou negativamente. Entre os positivos, estão o aumento de 105% na oferta de suínos e 40% na exportação de frango e bovinos para a China. Por outro lado, aparecem como elementos negativos a redução de 34% na exportação de soja e milho e aumento dos preços da carne no Brasil.
A taxa de juros deve se manter estável, na casa dos 5% no ano que vem, enquanto 2019 deve fechar com 4,5%. A entidade também espera que as reformas em tramitação em Brasília, bem como o pacote de reformas do Piratini, impactem positivamente na economia gaúcha.
Eventuais melhorias na situação fiscal dos Estados são apontadas como consequências dessas reformas, assim como o crescimento da renda média salarial real, o aumento do consumo das famílias, e a retomada de níveis de otimismo em relação aos índices de confiança dos setores. Para a presidente da Federasul, Simone Leite, “os empresários já fizeram sua parte; agora, é hora do restante da sociedade também fazer a sua”.