Pela segunda vez seguida, não houve quórum suficiente na reunião da CPI que investiga supostas irregularidades na Prefeitura de Porto Alegre. Nesta terça-feira, apenas 5 vereadores marcaram presença no encontro. O presidente da CPI, Roberto Robaina (PSOL) diz acreditar que a base de apoio do governo Marchezan está boicotando as investigações. “A falta de quórum, na minha opinião, já sinaliza um descompromisso total de vereadores ligados à base do governo”, denunciou.
O líder do governo na Câmara Municipal respondeu às críticas de Robaina. Segundo Mauro Pinheiro (Rede), a oposição está interessada em desgastar Marchezan a um ano das eleições de 2020. “O vereador Robaina acho que sonha com o prefeito Marchezan durante a noite, porque tudo que ele pense e acontece tem um boicote”, devolveu.
Críticas dos dois lados
A comissão investiga três casos envolvendo a administração municipal: a contratação de servidores em cargo de comissão via Banco de Talentos; o aluguel de um prédio para uma secretaria; e a relação com um empresário que teria atuado no alto escalão da Prefeitura, mesmo sendo sócio de uma empresa prestadora de serviços ao município.
Roberto Robaina acusou líder do governo de atuar contra o trabalho da comissão. “O Mauro Pinheiro, depois de conseguirmos as assinaturas necessárias para instalar a CPI, mesmo assim, está tentando fazer com que ela não exista”, afirmou. Pinheiro garantiu que a base de apoio à Prefeitura não vai obstruir a investigação. “Ele [Robaina] pode ficar tranquilo”, protestou Pinheiro, dizendo que a CPI “não tem nem pé, nem cabeça”.
Lista de presença
Dos 12 membros da CPI, apenas 5 marcaram presença. Foram eles: Roberto Robaina (PSOL), presidente; Professor Wambert Di Lorenzo (PROS), relator; Felipe Camozatto (Novo); Márcio Bins Ely (PDT); e Adeli Sell (PT). Crítico ao governo, Ricardo Gomes (PP) esteve ausente. Além dele, não marcaram presença na comissão os vereadores Mauro Pinheiro (Rede), líder do governo; Cláudio Janta (SD); Luciano Marcantônio (PTB); Reginaldo Pujol (DEM); Lourdes Sprenger (MDB); e Moisés Barboza (PSDB).
