CPI da gestão Marchezan: Robaina quer ouvir gestores do Banco de Talentos já na semana que vem

CPI vai ter 120 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por mais 60

CPI da gestão Marchezan: Robaina quer ouvir gestores do Banco de Talentos já na semana que vem
CPI da gestão Marchezan: Robaina quer ouvir gestores do Banco de Talentos já na semana que vem. Foto: Débora Ercolani / CMPA

A segunda reunião da CPI que investiga supostas irregularidades na gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr. ocorreu na manhã de hoje, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O presidente da Comissão, vereador Roberto Robaina (PSol), e o relator Wambert di Lorenzo (PROS), comandaram a sessão. Robaina espera aprovar já no próximo encontro a proposta para iniciar as oitivas dos gestores do Banco de Talentos da Prefeitura, um dos alvos da CPI.

“É preciso saber se foi mesmo um banco de talentos ou se foi um esquema político, com os mesmos critérios de sempre”, declarou o vereador. A expectativa é de que, já na semana que vem, o chamamento desses servidores seja aprovado, e que eles possam ser ouvidos imediatamente após autorização dos demais parlamentares. Robaina ainda disse que a CPI está na fase de discussão da metodologia de trabalho, mas que “a preocupação central é de que a CPI já comece a chamar as testemunhas para prestar esclarecimentos.”

Além da questão do Banco de Talentos da prefeitura, a CPI vai investigar a relação da Prefeitura com o empresário Michel Costa, ex-diretor da Procempa que se tornou alvo de operação da Polícia Civil por suspeitas de fraude no Daer. As possíveis ilegalidades no aluguel do prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) também entrarão na pauta. Robaina afirmou que a documentação referente ao caso Michel Costa já está à disposição dos integrantes da Comissão.

Prazo já está contando

A CPI vai ter 120 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por mais 60. Na prática, ela tende a ser interrompida e retomada somente após o recesso, em fevereiro de 2020. Na semana passada, o relator Wambert di Lorenzo relembrou que “hoje não há nada contra Marchezan, não há fundamentação. É a mesma coisa que aconteceu com o pedido de impeachment. Mas CPI não é um processo, é uma investigação, o que significa que poderá surgir.”

Composição da CPI

A composição da CPI, integrada por 12 parlamentares, conta ainda com o vice-presidente Clàudio Janta (Solidariedade), João Carlos Nedel (PP), Adeli Sell (PT), Luciano Marcantônio (PTB), Mauro Pinheiro (Rede), Felipe Camozzato (Novo), Márcio Bins Ely (PDT), Reginaldo Pujol (DEM), Lourdes Sprenger (MDB) e Moisés Barboza (PSDB).