Integrante da tropa de choque de Jair Bolsonaro no PSL, o deputado federal Bibo Nunes disse que não deve permanecer no partido. Em entrevista concedida ao programa Direto ao Ponto, nesta segunda-feira, o parlamentar gaúcho falou da crise que envolve o comando da legenda e o presidente da República. O deputado projetou que, até o dia 15 de dezembro, o grupo deve deixar o PSL. “É impossível, não tem como continuar num partido onde tem um dono, um coronel”, afirmou Bibo Nunes.
À Rádio Guaíba, o deputado federal eleito em 2018 reconhece que a governabilidade fica um pouco abalada, mas que a gestão Bolsonaro não será afetada. Segundo Bibo Nunes, parte da bancada do PSL seguirá o caminho escolhido pelo presidente. Dos 53 parlamentares da legenda, ao menos, 20 são “totalmente favoráveis” ao governo, explicou.
Críticas a deputados do PSL
Bibo Nunes disse que, há três meses, sofre sanções internas no partido, perdendo espaço em comissões e sendo expulso do grupo de correligionários no WhatsApp. O parlamentar teceu críticas ao presidente do PSL, deputado Luciano Bivar. O gaúcho, inclusive, disse que foi ofendido pelo pernambucano em redes sociais. “Ele me mandou ‘tomar caju’ na rede social, no nosso grupo lá”, protestou.
Os deputados Delegado Waldir e Joice Hasselmann também foram criticados por Bibo Nunes. Para o gaúcho, seus colegas têm “desequilíbrio psicológico comprovado” e são radicais. “Se tivesse um exame psicotécnico para ser deputado, eles não passariam”, provocou.
Bibo Nunes ainda criticou o deputado Alexandre Frota. Eleito pelo PSL, o parlamentar paulista trocou o partido pelo PSDB se tornou crítico de Bolsonaro. O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico e Turismo também foi atacado. Ruy Irigaray foi lançado pré-candidato do PSL à Prefeitura de Porto Alegre em 2020. Para Bibo, o secretário vai ficar em “último lugar” na disputa eleitoral.