Medidas que diminuam os custos de produção e a resolução de questões relativas ao Mercosul são duas das principais demandas que a cadeia produtiva orizícola está encaminhando à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Um documento foi previamente aprovado, em reunião da Câmara Setorial do Arroz nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro, na 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. As manifestações serão entregues em até duas semanas. O evento está sendo realizado na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), na região de Pelotas (RS).
De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho, a crise da lavoura orizícola provoca uma redução na área de produção do cereal. O dirigente também diz que a indústria enfrenta dificuldades com a carga tributária. “Além de elevada, é injusta”, afirma.
A reunião da Câmara foi prestigiada pelo presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. De acordo com o dirigente, o cenário atual é diferente de todos os outros anos. Com a redução de oferta, os agricultores estão acompanhando preços nada remuneradores. Nesse contexto, Dornelles destaca que existe uma tendência de mudança do arroz para a soja. Apesar disso, o presidente salienta que a produção de arroz continuará sendo muito competitiva no Rio Grande do Sul. O presidente da Federarroz estima que o endividamento do setor seja de R$ 2,5 bilhões.