Em um pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje medidas emergenciais para tentar buscar soluções para “minorar” a tragédia em Brumadinho, onde uma barragem da Vale se rompeu, no início da tarde, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele confirmou que amanhã cedo sobrevoa o local. Também destacou que um gabinete de crise monitora a situação.
Bolsonaro reiterou o envio, nesta sexta, para a região, dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque Júnior; e Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
Mais, cedo, em uma entrevista à rádio FM.net, de Brumadinho, ele disse que “algo está sendo feito errado ao longo dos tempos” a respeito das barragens de rejeitos de mineração. Ele citou que apenas em Minas Gerais há 450 barragens como a que se rompeu e que é necessário tomar medidas emergenciais no esforço de “minimizar mais essa tragédia”. Segundo o presidente, cabe ao governo federal a fiscalização para buscar “meios para se antecipar ao problema”.
“Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem, ao se romper, proporciona ao meio ambiente e junto à população”. O presidente citou a tragédia em Mariana, também em Minas Gerais, em 2015, quando 200 pessoas ficaram desalojadas e 19 morreram. Na ocasião, a exemplo do que ocorreu hoje, uma barragem também se rompeu, liberando milhares de toneladas de rejeitos na natureza.
“Acionamos um gabinete de crise aqui em Brasília e ficaremos antenados 24 horas por dia para prestar informações à população, para colhê-las também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois da de Mariana”, acrescentou.
Gabinete de crise
O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota informando ter criado um Gabinete de Crise para atuar no caso. O ministro, Ricardo Salles, viajou ao local acompanhado do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim. Segundo a nota, uma equipe do Ibama atua junto à Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.
“A preocupação inicial do governo federal é com o resgate de vítimas, atendimento à região e a proteção de pontos de captação de água”, relata o informe. Além do ministro do Meio Ambiente, também foram à cidade os titulares das pastas de Minas e Energia e de Desenvolvimento Regional.