Funcionários da empresa LiderSul, responsável pela higienização, nutrição e lavanderia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), retornaram ao trabalho na tarde desta terça-feira. As atividades foram suspensas, há três dias, porque os salários de janeiro atrasaram. A Prefeitura salienta que realizou os repasses à terceirizada assim que recebeu a prestação de contas do mês.
Conforme o presidente da Associação dos Servidores do HPS (ASHPS), Paulo Ricardo Silva Oliveira, a suspensão da paralisação se deu em função da garantia de pagamento dos salários durante a tarde. Oliveira explicou que parte dos funcionários terceirizados já teve o pagamento depositado.
O atraso não é o único fator de preocupação. A categoria reclama da falta de itens básicos de higiene e adverte que, mesmo com procura elevada, há leitos ficando vagos por falta de limpeza. Oliveira relata falta de papel-toalha no setor de emergência e restrição nos leitos de UTI por falta de higienização. “O maior transtorno é a vida das pessoas que está em risco”, afirmou o presidente.
A Secretaria Municipal da Saúde informou, também por meio de nota, que trabalha com mecanismos de fiscalização para o uso de recursos públicos destinados à área da saúde e negou atraso em pagamentos da Prefeitura à prestadora.
A Secretaria disse ainda que “toda e qualquer empresa que preste serviço para a Prefeitura precisa prestar contas ao erário público. Esta empresa de limpeza entregou sua documentação na ultima sexta-feira, dia 11, às 11h. Desde lá, a documentação foi analisada e o recurso deve ser pago nesta terça-feira, dois dias úteis após a apresentação)”.
Ainda na nota, a Secretaria ressaltou que os serviços para a população não sofrem impacto. A reportagem tentou contato com a empresa LiderSul, mas não obteve resposta.