Terceiro maior produtor brasileiro de soja, o Rio Grande do Sul destinou na safra 2017/18, 5.700 milhões de hectares plantados para esta cultura, boa parte na região noroeste do estado. O grão se firmou como um dos produtos de maior destaque na agricultura nacional e, consequentemente, na balança comercial, resultando, neste momento, em bons lucros para os produtores.
A soja, embora seja uma planta adaptável a diferentes tipos de solo, necessita de um solo com fertilidade média e que não seja muito ácido ou mal drenado, isso para desenvolver todo seu potencial produtivo. A partir disso, com um plantio bem planejado, adubação feita de maneira correta e ajuda das condições climáticas, a produtividade pode estar garantida.
No Rio Grande do Sul, a região noroeste é uma das principais produtoras de soja. Mas, apesar da região apresentar um solo produtivo, ele também é bastante ácido, como grande parte dos solos brasileiros, que apresenta problemas de acidez. Diante disso, para se obter o máximo potencial produtivo do grão na lavoura é preciso que a planta seja bem nutrida e o solo esteja equilibrado.
O ‘vilão’ invisível que causa a acidez no solo é o alumínio. Ou seja, há alumínio de forma “tóxica” para a planta em solos ácidos. A toxidez por alumínio reduz o crescimento da raiz e traz prejuízos no processo de absorção de água e nutrientes.
Na região noroeste, um estudo foi desenvolvido pelo Instituto GSI Agro, no município de Augusto Pestana, utilizando fertilizante mineral para a neutralização do alumínio tóxico e equilíbrio do pH do solo. De acordo com o Diretor Técnico da GSI, Dionatan Heuser, o objetivo do ensaio era avaliar o ganho em produtividade aplicando diferentes produtos, bem como a evolução do solo.
“Queríamos avaliar até onde chegam os produtos e de que forma melhorariam o solo de maneira mais rápida, então usamos 6 tipos de neutralizantes de alumínio. O fertilizante mineral SulfaCal se destacou pela velocidade de resposta da eliminação do alumínio e o ganho em produtividade no mesmo ciclo”, destaca Dionatan.
No ensaio, realizado em parcelas de 10mX5, com 200 kg de SulfaCal – composto à base de cálcio e enxofre – aplicado em superfície, os resultados obtidos nas primeiras análises constataram, além da redução do alumínio, um aumento de produção significativo, maior enraizamento e melhoria de solo suprindo a necessidade de enxofre da cultura, por exemplo.
“Temos exemplos aqui na região, no município de Jóia, do uso de SulfaCal, com 150kg na linha só para correção do alumínio, onde a produtividade saiu das 40 sacas para cerca de 56 sacas por hectare”, acrescenta Dionatan.
Para um aumento da produtividade, os nutrientes devem estar disponíveis às plantas, e o sulfato de cálcio principalmente onde há plantio direto, entra como protagonista na adubação de sistema. “O sulfato de cálcio é uma das principais composições para equilibrar o solo, fornecendo cálcio e enxofre desde a raiz até a parte aérea da planta. O SulfaCal é um fertilizante granulado, a base de sulfato de cálcio, mais solúvel que o calcário e também mais acessível, comparando o seu custo-benefício”, destaca o engenheiro – agrônomo Eduardo Silva e Silva, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense, líder no fornecimento de sulfato de cálcio no sul do Brasil.