A candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), destacou, nesta tarde, os números da pesquisa Datafolha que colocaram o petista em segundo lugar na preferência dos eleitores atrás de Jair Bolsonaro (PSL).
Em entrevista ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Manuela D’Ávila assegurou que o presidenciável Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na pesquisa, estará ao lado do PT e PCdoB para derrotar Bolsonaro. “Além das qualidades, o Ciro é um homem do nosso campo, que tem um projeto muito similar ao que apresentamos, então a minha tranquilidade é que nós estaremos juntos no segundo turno. Então, nós venceremos as eleições juntos”, afirma.
Segundo Datafolha, Bolsonaro detém 28% das intenções de voto, Haddad 16% e Ciro Gomes 13%. O estudo aponta que o pedetista está tecnicamente empatado com o ex-prefeito de São Paulo, já que a margem de erro é de 2% para mais ou para menos. O levantamento do instituto de pesquisa Datafolha foi divulgado nesta madrugada.
Antes do registro das chapas houve tentativa de aproximação entre PCdoB, PDT e PT para eventual construção de uma aliança de esquerda. Agora, durante a corrida eleitoral, além de cravar apoio de Ciro Gomes, em um eventual 2° turno, Manuela D’Ávila confia que a adesão será ainda maior em prol do projeto desenhado por Lula e Haddad. “O FHC já disse, ontem, que não concorda com projeto econômico e com a visão de Banco Central (da chapa PT-PCdoB), mas disse que defende a democracia e as instituições. Então, no segundo turno ele vai votar na chapa do Haddad. Acredito que acontecerá este movimento de todos os setores que defendem um projeto para o Brasil que não seja liquidacionista”, ressalta.
Sobre o perfil conciliador de Haddad, Manuela D’Ávila emendou. “É um homem sensato, que sabe que será difícil tirar o Brasil da crise. Haddad não é um vendedor de ilusões. É alguém que tem um projeto muito claro e firme, mas sabe que a crise é muito grave”, sintetiza.
Em relação ao Congresso, a candidata também espera que haja um trabalho dos parlamentares em defesa da população ao contrário da “infantilidade” política adotada por Aécio Neves (PSDB-MG), que mirou os ataques a esquerda, mas deixou de lado as reivindicações do povo, como reconheceu o senador e ex-presidente do PSDB, Tasso Jereissati, o afirmar, em entrevista ao Estadão, que o grande erro dos tucanos foi ter entrado no governo Temer.