Municipários de Porto Alegre fazem greve a partir de terça-feira

A partir desse mesmo dia, trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) também anunciaram paralisação por tempo indeterminado

Em assembleia geral realizada na noite dessa quinta-feira, na Casa do Gaúcho, os servidores de Porto Alegre decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira, dia 31. A partir desse mesmo dia, trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) também anunciaram paralisação por tempo indeterminado.

De acordo com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), a retomada da greve pressiona a Câmara a rejeitar projetos enviados pelo prefeito Nelson Marchezan Jr., como que cria a previdência complementar para o funcionalismo público municipal. A paralisação também decorre do anúncio da Secretaria da Fazenda de que volta a parcelar salários, a partir da folha de julho. A categoria também cobra resposta à pauta da Data-Base 2018, entregue em abril.

O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, confirmou que os municipários se reúnem na terça-feira, primeiro dia de greve, a partir das 9h, em frente à Secretaria da Saúde. Às 12h, fazem mais um ato em frente ao Hospital de Pronto Socorro e, depois, seguem em caminhada até o Paço Municipal, para uma manifestação a partir das 16h.

No dia seguinte, 1º de agosto, a categoria se concentra em frente ao Posto de Saúde Modelo, pela manhã, e caminha em direção à Câmara de Vereadores, onde deve acompanhar a reunião de líderes e a definição dos projetos que devem ser postos em votação.

“A cidade não aguenta mais um prefeito que não dialoga com os servidores e nem com os próprios vereadores”, afirmou Terres. O diretor garante, ainda, que nenhum serviço de urgência ou de emergência vai deixar de ser prestado. “Vamos manter uma equipe mínima atendendo e não faremos piquetes”, assegurou.

Sobre o decreto municipal que vigora desde junho e proíbe a realização de greve no serviço público, sob o risco de sanções aos servidores, Terres disse estar seguro de que a Constituição Federal é soberana e que, se o prefeito usar o decreto para punir os grevistas, a categoria vai à Justiça.

A próxima assembleia-geral do Simpa ocorre na manhã de quinta-feira, 2 de agosto, para a avaliação do movimento.

*Colaborou o repórter Felipe Samuel/Correio do Povo