Termina à meia-noite desta segunda-feira o prazo de cinco dias da prisão temporária de Vinícius Pellenz, o empresário gaúcho preso no dia 31 de maio por suspeita de participação da organização da paralisação de caminhoneiros no Rio Grande do Sul. Pellenz está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Porto Alegre, de onde deve ser liberado no primeiro minuto desta terça-feira, de acordo com o advogado dele, Lúcio Constantino.
O defensor informou que o delegado responsável representou pela prorrogação do prazo, mas que a Justiça negou o pedido. A defesa de Pellenz agora espera a conclusão do inquérito.
O empresário foi identificado como o autor de textos compartilhados por grupos de mensagens eletrônicas, interpretados pelas autoridades de segurança como ameaças a caminhoneiros que queriam voltar ao trabalho. Em entrevista à Agência Brasil na sexta-feira, o advogado de Pellenz admitiu que a voz gravada em ao menos dois áudios anexados ao inquérito é a do cliente. Porém, segundo Lúcio de Constantino, nelas o empresário não está insuflando os caminhoneiros a impedir os companheiros a voltar ao trabalho, mas sim reclamando dos bloqueios, que prejudicaram as atividades de empresas locais, incluindo a da família dele.