Governo do RS repassa R$ 171 milhões para a prefeitura de Porto Alegre e entrega 26 novas viaturas para a Defesa Civil

Repasse foi realizado via Fundo a Fundo Reconstrução. Foram assinados, ainda, contratos para projetos de batimetria dos rios e estações hidrometeorológicas, do Plano Rio Grande

Foto: Vitor Rosa/Secom/Divulgação

O governo do Rio Grande do Sul assinou nesta quarta-feira, dia 4, o repasse de R$ 171 milhões para a prefeitura de Porto Alegre, via Fundo a Fundo da Reconstrução. Ainda, assinou contratos para projetos de batimetria, para medir a profundidade dos rios dos rios, e estações hidrometeorológicas, projetos do Plano Rio Grande. O governador também entregou 26 novas viaturas para a Defesa Civil do estado.

A cerimônia de assinatura, feita no Palácio Piratini, contou com a presença do governador Eduardo Leite, do prefeito Sebastião Melo, e dos titulares das Secretarias da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. Ainda, do subchefe da Casa Militar, Proteção e Defesa Civil, coronel Santiago Soares Dias de Castro.

Os serviços de batimetria contemplam quatro pontos. Um, no bloco metropolitano, que teve assinatura de contrato de serviço, e outros três com entrega de ordem de início de serviços nos blocos Taquari-Antas, Baixo Jacuí e Guaíba. As estações hidrometeorológicas foram mapeadas para serem alocadas nas bacias hidrográficas e áreas suscetíveis a inundações. Elas devem ser implementadas a partir de julho e serem totalmente concluídas em até 180 dias.

“A batimetria, a topografia, as estações, os radares. Tudo isso vai nos dar a capacidade de alertas mais precisos, mas é fundamental que a população saiba o que fazer diante dos alertas. Os planos são estratégicos para a primeira função que temos que ter como resiliência, que é o que fazer quando acontece um desastre, e proteger as vidas”, afirmou Leite. Ele ressaltou que foram diversas dimensões de impacto da enchente, e que cada região teve uma característica diferente. “Por isso, nós não podemos ficar por espasmos, por reação, promovendo as intervenções do governo”, diz.

O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, afirmou que a batimetria dos nossos principais riscos da os rios que congregam quatro bacias que nós classificamos como prioritários aqui, principalmente na região metropolitana e nas regiões mais atingidas pelas enchentes de maio do ano passado. “Hoje temos aqui uma evolução muito grande em relação ao nosso eixo de preparação para lidar com desastres. Essa batimetria abre o caminho necessário para ações que são fundamentais”.

Ainda, Capeluppi disse que a aquisição de operação de mais 130 estações hidrometeorológicas ajudará a identificar em tempo real o que acontece com o nível dos rios. “Isso também nos ajuda a monitorar e a Defesa Civil a coordenar os trabalhos durante as fases mais críticas do desastre”, complementa.

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, destaca que os estudos de batimetria envolvem o desassoreamento e dragagem em 18 lotes no estado. Desses, nós temos quatro lotes que são prioritários dentro da região hidrográfica do Guaíba, onde foram mais afetados com a enchente de 2024 e, por isso, são fundamentais. “Quando se fala em número de estações de monitoramento hidrológico do Estado, a gente tem que ter em mente que são mais de 500, e agora serão muito mais com as novas que a Defesa Civil vai instalar. Com certeza, todas essas ações garantem um Rio Grande do Sul mais adaptado, resiliente e forte daqui para frente com as mudanças climáticas”, diz.

O prefeito Melo reforçou os estudos para o novo sistema antigo de proteção de cheias e o que deve envolver o bairro Cristal até o Lami. Ele salienta que as principais dificuldades dos dois principais diques envolvem as famílias que moram no local.