As Forças de Defesa de Israel (FI) lançaram um ataque aéreo, nesta sexta-feira (27), ao quartel-general do grupo terrorista Hezbollah, em um subúrbio no sul de Beirute, capital do Líbano. Autoridades israelenses investigam se o chefe da organização, Hassan Nasrallah, estava no local. A imprensa em língua hebraica sugere que ele teria pelo menos ficado ferido na ação. Já a mídia em árabe sustenta que ele está vivo e em um lugar seguro.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth afirma, citando fontes libanesas, que o chefe do conselho executivo do Hezbollah, Hashem Tzipi Al-Din, primo de Hassan Nasrallah, foi morto no bombardeio.
Segundo as FDI, o QG da organização terrorista estava localizado sob um conjunto de prédios residenciais em Dahieh, área predominantemente xiita e reduto do Hezbollah. Pelo menos seis edifícios foram destruídos no ataque, que é considerado o maior desde o início da ofensiva israelense.
“Momentos atrás, as Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque preciso contra o Quartel-General Central da organização terrorista Hezbollah, que servia como o epicentro do terrorismo do Hezbollah. O Quartel-General Central do Hezbollah foi intencionalmente construído sob prédios residenciais no coração de Dahieh, em Beirute, como parte da estratégia do Hezbollah de usar o povo libanês como escudos humanos”, afirmou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concedia uma entrevista coletiva em Nova York, após discursar nas Nações Unidas, e deixou o evento às pressas ao ser informado do ataque. Jerusalém informou Washington sobre o bombardeio poucos minutos antes de executá-lo.
Há uma semana, um bombardeio israelense no mesmo distrito matou o número 2 na hierarquia de comando do Hezbollah. Ibrahim Aqil já havia ficado ferido nas explosões simultâneas de pagers e tinha recebido alta do hospital no mesmo dia. O comandante da unidade aérea do Hezbollah, Mohammed Sarur, foi eliminado na quinta-feira (26), em outro ataque aéreo.
Israel intensificou os combates na fronteira norte do país (sul do Líbano) a fim de garantir a segurança das cidades israelenses localizadas naquela região. Desde o ataque terrorista do Hamas, em 6 de outubro do ano passado, o Hezbollah rompeu o cessar-fogo, que estava em vigor desde agosto de 2006, e passou a disparar mísseis em direção ao estado judeu.
Milhares de famílias precisaram sair de casa e não puderam retornar até hoje. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, falou na semana passada sobre uma “nova fase” da guerra, com foco no norte do país. Gallant disse que o objetivo é “devolver os moradores das cidades do norte às suas casas em segurança”.