Trensurb adquire disjuntores elétricos para recuperar subestações afetadas pela enchente

Peças permitirão a circulação segura de trens no trecho entre as estações Canoas e Farrapos, prevista para ser retomada no dia 20 de setembro

Foto: Ayslan Sylon / Trensurb / Divulgação

A Trensurb anunciou nesta segunda-feira, 2, a chegada dos cubículos com disjuntores para o sistema 3kVcc, adquiridos em uma parceria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Estas peças permitirão a circulação segura de trens no trecho entre as estações Canoas e Farrapos, prevista para ser retomada no dia 20 de setembro.

Os equipamentos – sobressalentes para a CPTM – foram adquiridos a um valor de R$ 2,5 milhões e visam acelerar a retomada da operação plena da Trensurb. A solução permitirá a proteção elétrica do sistema e a identificação de falhas de maneira assertiva, limitando o impacto de uma falha a um trecho significativamente menor da ferrovia.

O presidente da CPTM, Michael Cerqueira, declara que “os equipamentos sobressalentes à companhia, usados em subestações ou cabines seccionadoras, servirão para a Trensurb realizar a reposição do material danificado pelas enchentes ocorridas no início de maio. A CPTM está ciente da importância do transporte sobre trilhos para a região de Porto Alegre e uniu esforços com a Trensurb para agilizar a normalização plena da operação”.

Por sua vez, o diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, corrobora o espírito de união entre as empresas ao afirmar que “a viabilização dessa negociação com a CPTM é a consolidação de um relacionamento e parceria entre a Trensurb e a companhia paulista onde a reciprocidade é uma constante”. Ernani lembra ainda que, em 2019, a Trensurb também forneceu equipamentos para o Centro de Controle de operações da CPTM.

Atualmente, outra limitação imposta à operação da Trensurb se dá na condução de trens até o pátio de manutenção da empresa, localizado no bairro Humaitá, em Porto Alegre, além da realização de manobras dos trens no próprio pátio e da execução de testes de manutenção que dependem da rede aérea de energia de tração, uma vez que sua proteção usualmente é realizada por equipamento dedicado na Cabine Anchieta, atualmente fora de operação. No estado atual do sistema de proteção, tais manobras e testes são realizados exclusivamente nos horários de vale, dificultando os serviços de manutenção dos trens.

Com a aquisição dos cubículos com disjuntores, os quais serão instalados por empresa especializada já nesta semana, a Trensurb permitirá a circulação segura de trens no trecho que vai da Estação Canoas até a Estação Farrapos, a partir de 20 de setembro, sendo esta a primeira etapa de um macroprocesso de recuperação das subestações e cabines afetadas pela enchente.