O 14º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação apresenta em sua programação atividades que abordam o desenvolvimento de ambientes hospitalares projetados para assegurar a circulação eficiente do ar. No dia 10 de setembro será realizado o minicurso “Simulação CFD de uma Sala de Operação Hospitalar: Metodologia, Passo a Passo e Comparação com Dados Experimentais”, com o engenheiro mecânico Lisandro Maders, e na quarta-feira, 11, será apresentado o painel “Ambientes Hospitalares: Expectativa, Necessidades e Realidade”, com os engenheiros mecânicos Mário Alexandre Ferreira, Wili Hoffmann e Bruno Perazzo, além do engenheiro civil Carlos Marczyk.
O Mercofrio 2024, realizado pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, acontece de 10 a 12 de setembro no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. O minicurso mostrará o passo a passo da montagem do protótipo virtual de uma sala de operação hospitalar por meio da simulação da Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD). Segundo Maders, essa metodologia oferece mais detalhes do que um modelo analítico, produzido de forma mais simplificada.
“Conseguimos ter um nível de detalhe muito mais alto, como o valor da velocidade, temperatura, pressão do ar e de algum contaminante ou poluente, ao contrário dos modelos analíticos mais simples, que entregam somente um valor médio de velocidade. Como consequência, conseguimos reduzir o custo e o tempo de entrega de um produto ou de uma solução para o mercado, porque podemos criar um protótipo virtual ao invés de um real, que seria bastante custoso e demandaria muito trabalho”, destaca.
O painel discutirá as expectativas relacionadas às instalações de climatização em ambientes hospitalares, focando na mitigação do risco de contaminação e na melhoria da qualidade do ar interior.
“Ambientes hospitalares concentram um número significativamente maior de pessoas doentes em comparação com outros espaços públicos. Por isso, a principal expectativa é proporcionar condições seguras para evitar a contaminação entre as pessoas, além de assegurar os parâmetros essenciais da qualidade do ar. Os sistemas de climatização são eficazes em reduzir o risco de contaminação pelo ar, embora não sejam capazes de evitar outras formas de transmissão”, afirma o engenheiro mecânico Wili Hoffmann.
Além disso, o engenheiro afirma que, após a pandemia de COVID-19, houve maior conscientização sobre sistemas de climatização. Porém, ele destaca que esses sistemas não impedem completamente a contaminação.