A desoneração da folha de pagamento das empresas consumiu R$ 9,7 bilhões em créditos tributários no primeiro semestre do ano, entre os 16 tipos de benefícios fiscais utilizados no período e que totalizaram R$ 32 bilhões. Já Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) respondeu por R$ 7,9 bilhões de créditos e, juntos, consumiram 54% do total.
Os dados foram obtidos pela Receita Federal por meio da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi), uma obrigação acessória que foi instituída na Medida Provisória que havia proposto a limitação do uso dos créditos de PIS/Cofins. Na época foram recebidas 357 mil declarações de empresas que informaram os benefícios usufruídos em cinco meses, que somaram R$ 26,9 bilhões.
Em um mês, a alta de benefícios usufruídos e declarados foi de 22,30%. Segundo o Fisco, o Perse registrou um crescimento expressivo no período, com acréscimo de R$ 1,93 bilhão. O programa já consumiu R$ 8 bilhões, mais da metade dos R$ 15 bilhões de teto estabelecido para os incentivos fiscais da ação até dezembro de 2026 que consta na lei que prorrogou o benefício, sancionada em maio