O Grupo Panvel registrou lucro líquido ajustado de R$ 20,1 milhões no segundo trimestre de 2024, equivalente a uma margem líquida de 1,6% em relação à receita bruta da companhia. A varejista farmacêutica foi uma das empresas gaúchas listadas na bolsa atingidas pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul e, apesar disso, mostrou resiliência e capacidade de recuperação nos resultados.
Com matriz em Eldorado do Sul, uma das cidades mais atingidas pelas cheias no RS, o Grupo Panvel perdeu o acesso à sede e ao seu maior centro de distribuição no município. Em todo o Estado, mais de 80 lojas da Panvel foram afetadas pelas enchentes, e o laboratório Lifar, onde são produzidos os itens da marca própria da empresa, ficou submerso por mais de 40 dias.
Mesmo diante de todos os desafios, o Grupo Panvel demonstrou crescimento consistente, com um avanço de vendas de 11,5% nas farmácias da rede no segundo trimestre, com altas de 18,6% em abril, 5,4% em maio (mês em que sofreu o maior impacto das enchentes), e 11,0% em junho, mostrando sinais claros de recuperação. Este foi também o décimo sétimo trimestre consecutivo de ganho de market share do Grupo Panvel na região sul do país, segundo dados do IQVIA.
MESMAS LOJAS
Neste mesmo contexto, o crescimento das vendas de mesmas lojas (Same Store Sales ou SSS) e de lojas maduras (Mature Same Store Sales ou MSSS) foi robusto, de 8% e 5,1%, respectivamente. Excluindo da base as lojas afetadas pelas enchentes, esses indicadores atingiriam 11,4% e 8,4%. Outro destaque do trimestre foi o foco na gestão de caixa.
O nível de alavancagem da companhia é o mais baixo do setor entre as empresas de capital aberto (0,89 vezes o Ebitda), o que traz uma grande vantagem competitiva em um cenário de taxas de juros altas. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do Grupo Panvel atingiu R$ 49 milhões no segundo trimestre, equivalente a 4% sobre a receita bruta.
A margem Ebitda ajustada teve uma pressão de 1 ponto percentual em relação à 2023, também totalmente explicada pelos efeitos das enchentes. O Grupo Panvel estima que se todo o impacto negativo fosse eliminado, a tendência seria de uma margem Ebitda ajustada próxima de 5%. Da mesma forma, o lucro líquido ajustado foi de R$ 20,1 milhões, o que corresponde a uma margem de 1,6%, queda de 0,7 ponto percentual em comparação a 2023, impacto igualmente atribuído às cheias.
SEGUNDO SEMESTRE
Para o segundo semestre, as perspectivas de vendas e resultados são positivas: o Grupo Panvel registrou crescimento de vendas no varejo de 15% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado, e o atingimento da venda média recorde de R$ 700 mil/loja. Os planos de expansão permanecem inalterados, com a previsão de inauguração de 40 novas lojas até dezembro de 2024 no RS, SC, PR e SP.
“Apesar dos desafios impostos pelas chuvas de maio, o Grupo Panvel demonstrou uma resiliência impressionante. Nossa equipe trabalhou incansavelmente para mitigar os impactos das cheias e garantir a continuidade dos serviços para nossos clientes. A rápida recuperação e os resultados positivos deste trimestre são um testemunho da nossa dedicação e do espírito de superação dos nossos colaboradores. Para o segundo semestre, estamos comprometidos em abrir 40 novas lojas, fortalecendo ainda mais nossa presença no mercado e focados em atender às necessidades dos nossos clientes com excelência.”, disse Julio Mottin Neto, CEO do Grupo Panvel.