Senai-RS recebe o Prêmio Patente Verde

Projeto, em parceria com a empresa Bella Moda, gerou um produto e uma startup

Crédito: Freepik

O projeto de obtenção de pellets a partir da reciclagem resíduos têxteis sintéticos e naturais desenvolvido pela Rede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul, por meio do Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Indústria e Comércio de Confecções Bella Moda, de Getúlio Vargas, recebeu o Prêmio Patente do Ano.

Promovido pela Associação Brasileira de Propriedade Intelectual, a distinção, em sua quinta edição, busca agraciar projetos de empresas, instituições, cientistas e pesquisadores que desenvolveram patentes em diversas áreas, como Covid, desenvolvimento econômico sustentável, bem estar humano e promoção da igualdade social. A invenção do Senai-RS se refere à técnica de reciclagem de resíduos têxteis produzidos durante os processos de confecção de roupas. A técnica utiliza um equipamento conhecido como aglutinador para realizar a desfibragem do resíduo, o qual posteriormente é processado em um misturador termocinético para produzir pellets de polímero.

O impacto da tecnologia do projeto na empresa de 12 funcionários foi tamanho que gerou a criação da Libertecce (start-up, Erechim/RS, www.libertecce.com.br), dedicada a oferecer soluções em reciclagem de materiais têxteis. Sediada no Centro de Inovação e Tecnologia de Erechim, a Libertecce está em estágio final de implementação de sua infraestrutura, e desde já atende empresas transformando resíduos em matéria-prima para a produção de artefatos como cabides e componentes para o setor calçadista.

ESCOLHA

Assim que a infraestrutura estiver integralmente implementada, a Libertecce receberá resíduos de empresas dos setores têxtil, moveleiro e automotivo do RS e outras regiões, beneficiando estes resíduos através da tecnologia desenvolvida e os retornando às empresas de origem na forma de matéria-prima pronta para a produção de componentes injetados.

A avaliação e escolha do caso vencedor feita pela comissão julgadora, formada por integrantes da Academia da Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do INPI, usou os seguintes critérios de avaliação: Potencial para geração de igualdade social (40%), Impacto ambiental (25%), Potencial para a geração de benefícios econômicos (10%), Internacionalização da proteção ( 5%), Participação de inventores negros (5%), Abordagem de gênero (5%), Participação de inventores nordestinos (5%) e Participação de inventores brasileiros (5%).