Empresários do 4° distrito enfrentam desafios para reabertura após enchente

O descarte de resíduos nas calçadas e vias atrapalha a circulação de pedestres e veículos, complicando ainda mais a situação

Entulhos nas ruas do 4 distrito atrapalham retorno do comércio. Rua Doutor João Inácio | Foto: Pedro Piegas

Após a enchente que devastou o 4º Distrito, em Porto Alegre, empresários locais estão empenhados em reabrir seus estabelecimentos e recuperar os prejuízos. Contudo, as pilhas de entulhos nas ruas dificultam a retomada das atividades. O descarte de resíduos nas calçadas e vias atrapalha a circulação de pedestres e veículos, complicando ainda mais a situação.

Os comerciantes entendem que a demanda por limpeza é grande, mas questionam por que algumas vias estão livres de resíduos enquanto outras, como a rua Dr João Inácio, estão lotadas de entulhos, com pilhas se acumulando em ambos lados das calçadas.

Os proprietários do The Baron Pub e Entretenimento pretendem abrir a casa para tentar recuperar um prejuízo que gira em torno de R$ 50 mil. Eles avisaram nas redes sociais a retomada e estão preocupados de como os clientes. Diego Steffani diz que os entulhos são uma cicatriz visível da tragédia climática que a cidade está vivendo.

“Quem não vivenciou isso de perto, vai ter uma prévia do impacto”, disse afirmando que tem uma perspectiva bem negativa para o futuro, pois considera que os efeitos da enchente vão se prolongar pelos próximos meses, o que vai solicitar muita resiliência dos empresários.

Steffani ressaltou que a reabertura é “uma ação entre amigos, uma forma de trazer um pouco de vida e respiro para o 4º Distrito que há muito tempo se tornou esse espaço de integração.
Edson Prestes complementa lembrando que a escolha deles do local para abrir o espaço era pela promessa de que a área seria o lugar ideal para os empreendedores.

“Hoje nos deparamos com essa situação. Fomos um dos primeiros afetados pela enchente e estamos sendo os últimos a voltar pra casa”, lamentou destacando que quando os empresários da região achavam que estava tudo bem, após algumas limpezas, a região voltou a ser alagada e todo o trabalho precisou ser refeito.

Eles afirmam que já entraram em contato com os órgãos competentes, mas as solicitações para o recolhimentos estão demorando semanas.

“Eu acho que precisa se criar uma consciência de urgência para a criação de um sistema de contingenciamento. Sabemos que os fenômenos climáticos extremos são uma realidade. Baseado no ano de 2023, onde tivemos um fenômeno atrás do outro, temos medo de começar um processo de reconstrução e novamente chegue outro fenômeno extremo que dízima o pouco que conseguimos levantar. O poder publico precisa tomar medidas para evitar que os danos sejam maiores”, destacou Steffani.