A maior enchente da histórica da cidade de São Leopoldo, em que o Rio dos Sinos atingiu a marca de 8,20m, afetando 180 mil pessoas e deixando cerca de 100 mil desalojadas, comprometeu cerca de 35 mil residências. Além disso, 20.642 leopoldenses passaram por 130 abrigos. Ao todo, 18 escolas municipais, 14 unidades de saúde, 3 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e 11 serviços de convivência foram afetados. De acordo com a Defesa Civil Estadual, São Leopoldo tem nove óbitos e uma pessoa desaparecida.
Para o prefeito Ary Vanazzi, a perspectiva para o futuro está atrelada à ajuda dos benefícios do Governo Federal. O prefeito anunciou um plano inicial de reconstrução, com os encaminhamentos feitos pela prefeitura junto à União. Segundo ele, os setores prioritários para a retomada da cidade são o desenvolvimento econômico, a reconstrução e modernização do sistema anti-cheias, as habitações com soluções para aqueles que ficaram sem moradia, a reestruturação de instituições municipais, como escolas, unidades de saúde e centros de referência da assistência social, a limpeza da cidade e obras de drenagem e pavimentação.
Vanazzi falou sobre a capacidade da cidade de se recompor. “Nós passamos pela pandemia e pensamos que economicamente teríamos uma crise sem precedentes, mas saímos daquele período como a sétima maior economia do Estado. Agora, com uma gestão do Governo Federal que auxilia, temos que aproveitar os benefícios. Só com o Saque Calamidade do FGTS, já temos R$ 55 milhões nas mãos da nossa população. Precisamos fortalecer o setor empresarial da nossa cidade para que esse dinheiro seja investido aqui. Não teremos festividades do bicentenário, pois precisamos canalizar essa energia na reconstrução da cidade, porque não teremos outro momento com tanta injeção de recursos federais como agora”, pontuou.