O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes decidiu nesta sábado (1º) manter a prisão dos irmãos Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior, suspeitos de fazer ameaças de morte aos três filhos dele. A reportagem tenta contato com a defesa dos dois, que foram presos pela Polícia Federal nesta sexta-feira (31), em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo Moraes, “a manutenção das prisões preventivas é a medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública, com a cessação da prática criminosa reiterada, bem como em face da conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”.
As prisões atenderam a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Entre os crimes investigados, estão os de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo as investigações, as ameaças foram feitas por e-mail. Os filhos de Moraes teriam recebido mensagens por pelo menos uma semana. Nos textos, os suspeitos tentavam intimidá-los dando detalhes sobre a rotina do ministro e dos filhos dele.
Ao decidir manter a prisão dos dois, Moraes disse que “os fatos narrados pela Procuradoria-Geral da República são graves e, presentes a comprovação de materialidade e fortes indícios de autoria, apontam a intenção consciente e voluntária dos agentes em restringir o exercício livre da função judiciária”.